Faixa de protesto da torcida pedindo Tiririca para presidente: “pior que tá não fica”| Foto: Pedro Serápio / Gazeta do Povo

O jogo

Com dois volantes improvisados na zaga, o Paraná passou o primeiro tempo se defendendo e saindo no contra-ataque. Na segunda etapa, o time da casa chegou ao gol com Renato. A festa durou pouco. O ACP logo empatou e passou a pressionar o Tricolor no fim do confronto.

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No mesmo dia em que esteve mais próximo da primeira vitória, o Paraná amargou o pior início de Paranaense de sua história. O empate por 1 a 1 com o Para­­navaí, ontem, na Vila Capanema, deixou o Tricolor com apenas dois pontos somados em seis jogos. A atual campanha é inferior à de 2004, quando o time teve de disputar o "Torneio da Morte" para escapar do rebaixamento. E, se as lembranças não são boas, o atual momento faz o torcedor paranista indagar se ainda existe alguma luz no fim do túnel.

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O desespero é tamanho nas arquibancadas que há torcedor pedindo mudanças radicais na diretoria do clube. Uma faixa estendida clamava pelo atual deputado federal Tiririca (PR-SP) na presidência do Paraná, aproveitando o slogan usado pelo palhaço na campanha eleitoral: "Pior que tá não fica". A indignação não ficou apenas nas brincadeiras. O presidente Aquilino Romani foi hostilizado por parte da torcida, assim como os gritos de "vergonha" que ecoaram ao final da partida.

Dentro de campo, pela primeira vez no campeonato o Paraná abriu o placar. O torcedor respirou aliviado quando o atacante Renato, em sua segunda partida com a camisa do Tricolor, marcou aos 17 minutos do segundo tempo, depois de cruzamento do estreante Vinícius. Só que a alegria durou exatos 13 minutos, quando Ferraz só teve o trabalho de empurrar para as redes, depois de cobrança de falta de Roberto que bateu na trave e entrou (a auxiliar não viu o lance).

Com sete jogadores vindos das categorias de base ao final do jogo, o técnico Roberto Cavalo apontou a imaturidade como justificativa para o time não ter conseguido manter o resultado positivo. "Faltou a experiência do jogador mais tarimbado na hora de esfriar o jogo e puxar um contra-ataque com qualidade. O time fez o gol e foi marcar atrás; tinha de ir para frente", reclamou.

Apesar disso, apontou melhoras no desempenho da equipe. "Foi um jogo mais equilibrado. A fase ainda não é das melhores, mas o importante é que o goleiro não comprometeu, a zaga ficou mais postada e segura. O que me preocupa ainda são as poucas chances criadas", analisou o treinador, que voltou a comentar que "qualidade custa caro", mas que o Paraná está trabalhando para trazer mais reforços.

Se pelo lado do Tricolor ficou a decepção, o Vermelhinho sai de Curitiba satisfeito com o empate. O autor do gol do ACP, Ferraz, resumiu o resultado: "Foi um ponto importante". O técnico Rogério Perrô concordou. "Jogamos contra uma excelente equipe e fizemos um jogo equilibrado. Se foi 1 a 1, foi justo", resumiu ele, que saiu reclamando da arbitragem.

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Curitiba

Paraná 1 x 1 Paranavaí

Paraná

Jociel Henrique; Javier Méndez, Borges e Rafael Vaz; Paulo Henrique, Alan (Vinícius), Taianan, Marquinhos e Henrique; Tito (Diego) e Renato (Davis).

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Técnico: Roberto Cavalo

Paranavaí

Pedro Castro; Jean, Jaime, Alison e Edson; Roberto, Marcio, Roberto, Davi (Rafinha) e Ferraz; Pequi (Rafael Santos) e Edenílson (Lucas Podadeiro).

Técnico: Rogério Perrô

Estádio: Durival Britto. Árbitro: Fábio Filipus. Gols: Renato (P) aos 17/2º e Ferraz (ACP) aos 30/2º. Amarelos: Marquinhos, Davis, Diego, Rafael Vaz e Henrique (P); Roberto, Ferraz, Alison, Lucas Podadeiro, Rafael Santos, Davi e Jean (ACP). Público: 1.420 total. Renda: R$ 19.525,00.

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