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      Na fria noite de Curitiba, quando os termômetros registravam 11ºC nesta terça-feira (16), o Paraná Clube conquistou um importante resultado na Série B do Campeonato Brasileiro. A vitória por 3 a 0 contra o Bahia na Vila Capanema parece ter reacendido a confiança do torcedor na reabilitação do time na competição. Mesmo sem ter deixado a zona do rebaixamento, o clube terminou a partida sem levar gols. Nas últimas onze rodadas, isso só havia acontecido uma vez, contra o Marília.

      O jogo foi marcado principalmente pela superação dos jogadores paranistas, que jogaram boa parte da partida com um a menos. Ainda quando estava em desvantagem numérica, o time conseguiu ampliar a vantagem sobre o adversário, graças a atuações destacadas de jogadores que não vinham agradando a torcida, como Cristian e Ricardinho.

      O Paraná volta a campo no fim de semana, sábado (20) a partir das 16h, contra o ABC, em Natal. Depois dessa jornada fora de Curitiba, o tricolor paranaense terá duas partidas em seus domínios: dia 23 contra o América-RN e contra o Criciúma dia 26, ambos adversários diretos na luta para fugir do rebaixamento. Na próxima rodada o Bahia recebe o Ceará em casa.

      O jogo

      O primeiro tempo de jogo trouxe ânimo e confiança para os torcedores paranistas. Bem dispostos em campo, os jogadores partiram para cima do Bahia tentando a abertura do placar logo no início. Com a vantagem de um gol, o Paraná teria possibilidade de trabalhar a bola com mais tranqüilidade e consolidar a vitória ao longo dos minutos restantes.

      Nos primeiros dez minutos só deu tricolor paranaense, que conseguiu o primeiro objetivo da noite logo em seguida. O "camisa 9" Leonardo recebeu a bola na meia cancha, conduziu com habilidade e tocou para Gláucio. O meia devolveu de primeira para o centro-avante paranista, que aproveitou a saída desabalada de Fabiano e tocou nas redes adversárias.

      Assustado com o gol logo no início, o Bahia acordou no jogo e foi para cima do tricolor paranaense. Na melhor chance criada na primeira etapa, Jones aproveitou a sobra e chutou forte da entrada da área. A bola desviou no zagueiro Fabrício e enganou o goleiro Gabriel, que ficou batido no lance. André Luiz, que fazia a cobertura, apareceu na última hora e embaixo das traves evitou o que seria o empate.

      Mas a reação baiana parou por ali e o Paraná equilibrou o jogo. O lance polêmico da partida aconteceu aos 44 minutos do primeiro tempo. Em uma dividida de bola, Leonardo e Marcone se tocaram e o jogador baiano caiu pedindo falta. O árbitro Guttemberg de Paula foi na dele e marcou a infração, além de mostrar o cartão amarelo para o jogador do Paraná. Como era o segundo, o vermelho foi inevitável.

      A expulsão revoltou os jogadores e também a comissão técnica paranista, que chegou a entrar em campo após o término da partida para tirar satisfações com o árbitro. Essa atitude, do diretor de futebol Beto Amorim, criou outra polêmica. Como não conhecia o dirigente paranista, o árbitro teria relatado em súmula que houve invasão, o que pode gerar perdas de mando para o Paraná.

      Segundo tempo de festa paranista

      Para o segundo tempo, o técnico Paulo Comelli tirou o meia Gláucio e colocou o estreante Kléber. Do outro lado, o técnico Roberto Cavallo tirou um zagueiro (Douglas) e colocou o atacante Elias tentando explorar a desvantagem numérica do adversário.

      Mas foi o Paraná quem se destacou no segundo tempo. Aos 14 minutos, Cristian ganhou a jogada na raça pelo lado esquerdo do ataque, avançou e cruzou para trás. Ricardinho apareceu bem colocado e tocou com precisão nas redes de Fabiano, ampliando a vantagem paranista. Logo em seguida, Fausto foi expulso e os times voltaram a ficar com o mesmo número de jogadores em campo.

      Se já sobrava em campo com um a menos, o tricolor pressionou ainda mais os visitantes após a expulsão do adversário. Por duas vezes o Paraná esteve perto de ampliar ainda mais sua vantagem (aos 17 e aos 26, em chutes de Ricardinho e Kleber), mas a falta de tranqüilidade acompanhava os paranaenses e a sorte era parceira dos baianos.

      Sorte que não foi suficiente para evitar o 3º gol do Paraná Clube àquela altura inevitável (35 minutos do segundo tempo). Após bom passe de Kléber, Ricardinho recebeu e avançou. Superou a agressão de Rogério Rios (que deu um soco nas costas do atacante), avançou a área e tocou de canhota na saída do goleiro Fabiano. A partir dali o Paraná só teve o trabalho de consolidar a vitória, que veio como um prêmio para os paranistas dentro e fora de campo.

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