Motivo de certa apreensão para a torcida, a participação do Paraná na primeira fase da Libertadores rendeu ao clube uma honraria inesperada: contando os resultados das duas partidas contra o Cobreloa-CHI, o Tricolor foi considerado pela Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS) o melhor clube do mundo em fevereiro.
Posto antes ocupado apenas por nove brasileiros desde que o ranking mensal passou a ser divulgado há sete anos: Corinthians (no primeiro, em janeiro de 2000), Atlético-MG (junho de 2000), Cruzeiro (julho de 2000), Vasco (dezembro de 2000), Flamengo (julho de 2001), São Caetano (julho de 2002), Santos (julho de 2003), Atlético-PR (junho de 2005) e São Paulo (dezembro de 2005).
Como apenas competições organizadas pelas federações continentais e nacionais são levadas em consideração pela IFFHS, o desempenho irregular no Paranaense não entrou na soma. Mas os 49 pontos conquistados nas quatro partidas da Libertadores (14 por cada vitória sobre Cobreloa, Unión Maracaibo-VEN e Real Potosí-BOL; além de mais 7 pelo empate na partida de volta contra o time chileno) fizeram o Tricolor deixar em segundo lugar o poderoso Manchester United, líder com folga do Campeonato Inglês.
Nas principais competições nacionais do mundo (Inglaterra, Espanha, Itália, Alemanha, França, Brasil e Argentina), a vitória equivale no ranking a quatro pontos e o empate a dois. O Paraná também foi favorecido pelo fato de os principais clubes da Europa só terem disputado uma partida da Liga dos Campeões em fevereiro. O Manchester, por exemplo, somou 14 pontos ao vencer o Lille-FRA no duelo de ida das oitavas-de-final.
O peso maior dado a torneios internacionais também fez o Tricolor crescer no ranking que considera os resultados dos últimos 12 meses. Depois das quatro partidas na Libertadores o clube subiu do 195.º lugar para o 78.º, exatamente uma posição à frente do rival Atlético. A lista, liderada pelo espanhol Sevilla, ainda traz São Paulo (6.º), Internacional (8.º), Santos (36.º), Corinthians (66.º) e Flamengo (69.º) como os brasileiros mais bem colocados.