Paraná fez um primeiro tempo ruim, mas conseguiu reagir nos 45 minutos finais. Só faltou o gol...| Foto: Jonathan Campos / Agência de Notícias Gazeta do Povo

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O Iraty foi valente no primeiro tempo e obediente na marcação no segundo. Resultado? 0 a 0 no placar

O Paraná Clube protagonizou na tarde/noite deste sábado (13) mais um insosso 0 a 0 do Campeonato Paranaense. Aliás, nas três vezes em que o placar aconteceu, o Tricolor estava em campo em duas oportunidades. Com o resultado, o Paraná chega ao quinto jogo sem vitória.

Contra o Iraty o time comandando por Marcelo Oliveira pecou por um primeiro tempo pouco inspirado e apesar da grande melhorar na segunda etapa, esbarrou em um adversário disciplinado e bem montado.

O Azulão, alias, esteve próximo de abrir o marcador por pelo menos duas vezes no primeiro tempo, enquanto o Paraná só criou perigo nos 45 minutos finais. Os buracos no gramado e a falta de tranqüilidade custaram caro para os anfitriões. "É sempre difícil jogar aqui, contra um time grande, da capital. Do jeito que nos comportamos, com raça e vontade, esta excelente esse ponto conquistado", disse Airton, do Iraty.

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Para o meia Pará, a torcida tem razão em cobrar o time (vaiou após o apito final). "Não sei o que esta acontecendo. A torcida tem que cobrar mesmo, pois vem aqui e paga ingresso. Esta faltando mais da gente mesmo, temos que nos cobrar mais. Correr estamos correndo, mas precisa de mais capricho".

Com o resultado o Paraná ficou com nove pontos, na 9ª posição, enquanto o Iraty subiu na classificação e chegou aos 11 pontos, na 4ª colocação. Na próxima rodada o Tricolor recebe o Operário Ferroviário, também na Vila Capanema, e o Iraty encara o desafio regional contra o Serrano, de Prudentólis, no estádio Emílio Gomes, em Irati.

O jogo

A necessidade da vitória levou o torcedor paranista a acreditar que a pressão sobre o adversário seria muito grande, pelo menos até a marcação do primeiro gol. Só que essa confiança – talvez o excesso dela – tenha deixado os atletas nervosos e até desnorteados. Problemas de posicionamento fizeram com que os jogadores batessem cabeça e descuidassem tanto na hora de armar, quanto na hora de marcar.

Esperto, o técnico Gilberto Pereira deu liberdade para o ala Airton atuar pela direita e para Ceará flutuar por várias posições, confundido o adversário e aproveitando as oportunidades deixadas pelo Tricolor.

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Essa foi a tônica do primeiro tempo. Com pouca força ofensiva, afinal Márcio Diogo batia cabeça e não conseguia acertar bons passes e Marcelo Toscano voltava demais, perdendo sua característica de referência, o Paraná criou poucas chances de gol. "Estou tendo que buscar muito o jogo. Assim não tem como. Tenho que sair da área toda hora. Temos que acertar isso no segundo tempo".

O Azulão, por sua vez, era mais dinâmico e chegou muito próximo do gol pelo menos duas vezes, ambas com Ceará. "Temos que tentar matar o jogo logo. Tive duas chances, mas ambas com o pé esquerdo. Infelizmente peguei mal. Temos que trabalhar mais para que o gol saia de uma vez", comentou o jogador do Iraty. A melhor chance da partida aconteceu aos 25, quando Ceará chegou a driblar Juninho e bater para o gol aberto. A bola perdeu direção e acabou dando nas redes pelo lado de fora.

Ainda no primeiro tempo, Guaru dividiu uma bola com Bruno e acabou se contundido. Segundo os médicos, há suspeita de torção. O Paraná melhorou um pouco no final, mas nada que tirasse dos visitantes o mérito do empate. Empate que só não foi vitória por detalhes.

Paraná renasce no segundo tempo

Apesar de não mexer na equipe na volta do intervalo, o técnico Marcelo Oliveira conseguiu mudar o posicionamento dos seus jogadores, principal problema da primeira etapa. Toscano voltou fixo na frente, com Márcio Diogo voltando para buscar e assistir ao companheiro.

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Os dez primeiros minutos de segundo tempo foram ataque contra defesa. O Paraná envolveu o Iraty, que se assustou com o ímpeto adversário e se perdeu. Foram pelo menos três chances claríssimas de gol, uma com Murilo e outras duas com Márcio Diogo – que, reposicionado, voltou melhor – sendo que em uma delas o goleiro Walter fez brilhante defesa, aos 9 minutos. Márcio Diogo ainda teve nova chance, aos 18, antes de ser substituído pelo centro-avante Wellington Silva.

Após diminuir um pouco o ritmo, o Paraná tentou como última cartada apostar no jovem, porém instável, Elvis. O meia entrou em campo aos 33 minutos para aumentar a criatividade do time. Realmente a equipe cresceu de produção, mas seguiu desperdiçando boas chances. Uma incrível com Toscano, aos 38, e outra quando Pará carimbou a trave de Walter. Nada que alterasse o resultado final de 0 a 0.