Adversário - Crise parece não ter fim no Juventude
Há oito jogos sem vencer e goleado por 4 a 0 pelo Flamengo, na quinta-feira, o Juventude vive uma crise que parece não ter fim. Na sexta-feira, o vice de futebol Carlito Chies acusou jogadores de fazerem corpo mole e prometeu dispensas. Algumas horas antes, o lateral-direito Jucemar, ex-Coritiba, que não viajou ao Rio por causa de dores musculares, se envolveu em um acidente de carro. Ele bateu seu Golf em um táxi, às 4 horas da manhã, na saída de uma festa. O exame de dosagem alcoólica revelou que o jogador havia consumido o dobro de bebida que é permitido por lei. Ele teve sua habilitação apreendida e precisou pagar R$ 1 mil de fiança.
Você lembra quando foi o último gol do Paraná? Não tem problema se a resposta for negativa. Afinal, até os jogadores do Tricolor têm dificuldade de dizer. Para refrescar a memória: aos 37 minutos do segundo tempo contra o Atlético-MG, pela 15.ª rodada, Vinícius Pacheco mandou um belo chute de fora da área para empatar o jogo, que terminaria com vitória do Galo por 3 a 1. Lance que ocorreu há 28 dias, seis partidas ou 458 minutos de bola rolando, sem contar os acréscimos.
Jejum que o Tricolor tem a obrigação de superar na partida deste domingo contra o penúltimo colocado Juventude, às 16 horas, na Vila Capanema, se não quiser entrar de vez na briga contra o rebaixamento. E que não é o único. Afinal, o time já não vence há sete rodadas e o goleador Josiel vive uma seca pessoal de oito atuou em sete delas e cumpriu suspensão no 0 a 0 com o Vasco.
"Gols e vitórias tiram um peso enorme, dão confiança. Não para um jogador, mas para o time inteiro", diz o camisa 9, cuja separação da rede já dura 781 minutos. Louco para voltar a marcar, ele tem na ponta da língua quando comemorou pela última vez: "Foi contra o Flamengo. Vencemos por 2 a 1 e fiz os dois", lembra.
Mesmo de mal com a rede, Josiel se manteve como artilheiro do campeonato, com 12 gols número apenas igualado por André Lima, que acabou de trocar o Botafogo pelo alemão Hertha Berlim e saiu da briga. Status que o torna o principal candidato a, além de acabar com a agonia tricolor, ganhar uma furadeira oferecida pela Rádio Clube para o jogador que enfim vencer o goleiro adversário. Prêmio que estará na beira do campo aguardando o novo dono.
"Também não adianta nada eu ou um companheiro fazer o gol e acabarmos perdendo", pondera o atacante, lembrando da derrota para o Galo com gol de Vinícius Pacheco e tudo.
A má fase fez o Paraná despencar na tabela e colocou o time no incômodo posto de segundo pior ataque, ao lado do adversário de hoje, com apenas 21 gols marcados mais da metade de Josiel. O alento para a ineficácia ofensiva é ver que o Juventude tem a segunda pior defesa da competição, com 37 sofridos em ambos os casos o pior disparado é o América-RN.
Quem quiser se animar um pouco mais ainda pode lembrar do penúltimo gol paranista, na vitória pela contagem mínima sobre o Palmeiras na primeira partida do técnico Gílson Kleina. O autor, Márcio Careca, já foi até afastado do elenco e o treinador pediu demissão no início da semana. Mas o que conta no caso é que hoje é dia de nova estréia na Vila Capanema. Lori Sandri estará no banco de reservas trazendo a conhecida motivação que só uma troca de técnico é capaz de provocar. Resta saber se será o suficiente para acabar com as centenas de minutos sem um mísero grito de gol.
Paraná x Juventude - 26/08/2007, às 16h
Estádio: Durival Britto e Silva, em Curitiba-PRÁrbitro: Gutemberg de Paula Fonseca (RJ). Auxiliares: Dibert Pedrosa Moisés (RJ) e Ediney Guerreiro Mascarenhas (RJ).
Paraná - Flávio, Daniel Marques, Nem e Neguete; Léo Matos, Adriano, Batista (Beto), Éverton e Paulo Rodrigues; Vandinho e Josiel. Técnico: Lori Sandri.
Juventude - Michel Alves, Barão, Wescley, Régis e Zé Rodolpho (Márcio Azevedo); Marcão, Marabá, Marcelo Costa e Fábio Baiano; Michel (Éber) e Tadeu (Luciano). Técnico: Beto Almeida.
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