A negociação do Paraná para o arrendamento do departamento de futebol voltou a esquentar nos bastidores. Um investidor russo e outros dois interessados brasileiros, de acordo com a apuração da Gazeta do Povo/Tribuna do Paraná, conversam com a diretoria após ninguém fazer proposta no dia 26 de dezembro, data estabelecida pela Justiça.
Após a tentativa frustrada de concorrência pública, o juiz do Ato Trabalhista, acordo do clube com a Justiça, José Wally Gonzaga Netto, autorizou o Paraná a buscar livremente parceiros para melhorar a situação financeira do clube. Eventuais propostas, contudo, precisam passar pela análise da Justiça para verificar a viabilidade financeira.
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Reuniões estão sendo feitas quase que diariamente sobre o tema, que tem o presidente Leonardo Oliveira à frente como responsável do clube. Alguns encontros, inclusive, já foram feitos com a presença do juiz Netto. No ano passado, por exemplo, Sérgio Malucelli se encontrou três vezes com ele antes de desistir do negócio. O gestor optou por prosseguir no Londrina.
Já com o representante do investidor russo, a negociação acontece desde o dia 20 de dezembro e se intensificou durante essa semana. A empresa paranaense I9 Football confirmou à reportagem que fez a intermediação do contato com o investidor estrangeiro, mas afirmou que não participa mais das tratativas.
Os nomes dos possíveis investidores não foram revelados pelo Tricolor, que trata o assunto com cuidado e cautela, apesar da urgência de ter que pagar os mais de três meses de salários atrasados a elenco e funcionários. A dívida para quitar o débito salarial é de, pelo menos, R$ 2,3 milhões.
O Paraná tem pouca previsão de recursos em 2020, principalmente no primeiro semestre. A DAZN pagará cerca de R$ 370 mil pela transmissão do Estadual, enquanto a participação na primeira fase da Copa do Brasil rende mais R$ 525 mil e será preciso avançar na competição para faturar mais. Outra receita é a segunda parcela da venda do volante Jhonny Lucas para o Sint-Truidense, da Bélgica, prevista para março.
E o dono do PAOK?
O presidente do PAOK, da Grécia, Ivan Savvidis, foi cogitado como o interessado após uma matéria da Gazeta Esportiva nesta quinta-feira (9), mas a reportagem apurou que ele não entrou em contato com o Paraná. A direção, contudo, está aberta para a possibilidade.
Um dos homens mais ricos do mundo, o empresário russo até olha com bons olhos o mercado do Brasil e deve avaliar clubes a partir de fevereiro. O Tricolor e o Fortaleza seriam dois times em potencial.
Savvidis é, no mínimo, excêntrico. Em março de 2018, ficou famoso mundialmente por supostamente invadir o campo armado durante um jogo do PAOK contra o AEK Atenas, pelo Campeonato Grego, para protestar contra uma decisão da arbitragem. A partida acabou suspensa. O magnata também publica uma série de fotos com armas em suas redes sociais, além de encontros com o presidente russo, Vladimir Putin.
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