Sete dos oito classificados para as quartas de final do Paranaense concordam com a paralisação do campeonato por causa da pandemia do novo coronavírus. O Cianorte é o único que pleiteia jogos sem público, conforme apurou a Gazeta do Povo.
A Federação Paranaense de Futebol (FPF) ainda não confirmou oficialmente se a rodada que abre o mata-mata, programada para o fim de semana, será mesmo suspensa ou jogada novamente com portões fechados.
Cauteloso, o presidente Hélio Cury vai ouvir novamente a Secretaria Estadual da Saúde, outras federações estaduais e também os times filiados antes de anunciar a decisão, que deve sair entre esta segunda-feira (16) e terça-feira (17). Paulistão e Gauchão, por exemplo, já foram suspensos.
"O Cianorte é a favor de jogos com portões fechados. Temos cuidado com a questão de saúde, claro, mas enquanto não houver casos de coronavírus em atletas, achamos que é possível ter jogos dessa maneira. O futebol é entretenimento e até pode colaborar a manter as pessoas em casa", explica o diretor de futebol Adir Kist.
"Sabemos que essa decisão [de paralisação] não é dos clubes. Mas a decisão de portões fechados foi assertiva. Futebol é 11 contra 11, ao ar livre, num campo de 7 mil metros quadrados", enfatizou o presidente Lucas Franzato.
O Leão do Vale do Ivaí, assim como o Rio Branco, não tem calendário para o segundo semestre e tem contratos com jogadores próximos do fim.
Athletico e Coritiba já falaram oficialmente sobre a questão e o posicionamento é a favor da suspensão do torneio. O presidente do Paraná, Leonardo Oliveira, seguiu a mesma linha.
"Nós consideramos natural a paralisação do campeonato, até porque foi uma medida tomada pela confederação e fez isso com base em especialistas... Esperamos que as competições estaduais, não só profissional, sejam paralisadas nas próximas horas. Não podemos esperar outra coisa da FPF", afirmou o dirigente em comunicado divulgado pela assessoria de imprensa do clube.
Operário, Londrina e FC Cascavel, que têm calendário para o restante do ano (séries B, C e D, respectivamente), acreditam que a paralisação é a melhor saída para limitar a disseminação do vírus.
"Acho prudente parar. Todo mundo está fazendo isso. Seria remar contra a maré. Mas o prejuízo é enorme, não só para o futebol, mas para o país todo", diz Álvaro Góes, presidente do conselho gestor do Fantasma.
"É uma questão preocupante e no nosso entendimento primeiro a saúde. Vamos acatar a decisão que for tomada pela FPF", avisa Valdinei Silva, presidente da Serpente.
"Sou totalmente a favor. Saúde e o ser humano em primeiro lugar", concorda o gestor do Londrina, Sergio Malucelli.
TABELA: Confira como ficou o mata-mata do Paranaense
Já Itamar Bill, presidente do Rio Branco, equipe que não tem calendário para o segundo semestre, deixa claro que tem preocupação com a questão financeira em um cenário sem futebol, especialmente sobre o contrato dos atletas. Porém, garante que a tendência é, sim, parar tudo dentro do clube.
"Vamos tomar a decisão em reunião com a diretoria, mas devemos paralisar nossas atividades. Não podemos expor nossas nosso pessoal. A saúde prevalece", argumenta o presidente do Leão da Estradinha.
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