Após 14 jogos em 2020, o Paraná foi forçado a suspender atividades por causa da pandemia de coronavírus.
Período sem jogos e treinamentos propício à reflexão do que foi apresentado pelo Tricolor até o momento na temporada e daquilo que pode se esperar da equipe comandada por Allan Aal na sequência deste conturbado e atípico ano.
No vestibular paranista que visa a disputa da Série B e a importante sequência da Copa do Brasil, competições mais importantes para o planejamento do clube, confira quem foi aprovado, quem ficou de recuperação e quem foi reprovado até o momento na Vila Capanema.
Aprovados
Fabrício
O zagueiro de 30 anos vem sendo o principal jogador do Paraná. 13 anos após sua primeira passagem pelo Tricolor, Fabrício se mostrou um defensor seguro, que exerce liderança sobre o elenco e ainda ajuda no ataque – são dois gols. Tem contrato somente até abril.
Thales
Ex-Inter, Vitória e Criciúma, Thales é mais discreto que Fabrício, mas vem se firmando na equipe titular. Zagueiro de bom porte físico, vem conquistando a confiança do técnico Allan Aal e se firmando como peça importante do time.
Renan Bressan
O bielorruso carequinha de 31 anos rapidamente caiu nas graças da torcida. Com três gols em cinco jogos, agregou qualidade incomum ao meio de campo, virando peça-chave do elenco. Precisa ainda evoluir fisicamente para manter o ritmo durante os 90 minutos.
Carlos Dias
O prata da casa de 20 anos foi grata surpresa. Através do trabalho e desempenho em campo, discretamente foi se tornando titular da equipe de Allan All. Já são sete jogos na temporada, com exibições que podem lhe valer uma vaga no time também na Série B.
Paulo Henrique
O lateral-direito não brilhou, mas conseguiu não comprometer em sua posição. Aos 23 anos, o defensor soma sete jogos pelo Paraná e vem compensando a eventual falta de qualidade técnica com comprometimento e garra durante as partidas.
Thiago Alves
Camisa 10 em muitos jogos, o meia-atacante é um talento a ser lapidado. Tem dois gols em 9 jogos no ano, período em que decidiu algumas partidas, mas em que também passou absolutamente batido em outras. Ainda assim, chega com saldo positivo.
Em recuperação
Allan Aal
O próprio treinador ainda precisa mostrar mais. Se por um lado a equipe avança bem na Copa do Brasil e encara o Botafogo na terceira fase, o time passou aperto para classificar apenas em oitavo no fraco Paranaense.
Marcos
O goleiro teve bom início com atuação segura no clássico com o Athletico, na Baixada, mas não repetiu o nível nas partidas seguintes. Ainda precisa provar ser opção segura ao titular Alisson, que está lesionado.
Kazu
O volante japonês começou o ano como titular, mas com atuações pra lá de discretas, perdeu espaço e foi para o banco. Precisa mostrar muito mais para voltar ao time.
Raphael Alemão
Se o futebol se resumisse a jogar com raça, o atacante seria um dos craques do Paraná. Ele não desiste nunca e briga por todas as bolas. Mas a posição exige mais. Precisa melhorar a tomada de decisões e a finalização se quiser se firmar.
Marcelo
O gol contra o Athletico na Baixada provou: o atacante tem potencial. Com qualidade técnica acima dos companheiros de posição no clube, precisa manter o nível de atuações mais regular entre um jogo e outro.
Outros
Quem também alternou bons e maus momentos e precisa mostrar mais para permanecer: Hulk, Rafael França, Kaio, Bruno, Michel, Dudu, Andrey e Mosquito.
Reprovados
Rodrigo Rodrigues
O centroavante foi uma negação até o momento. Pesado e lento, não oferece a movimentação necessária para que os companheiros o encontrem com assistências. Não tem nenhum gol em nove jogos. Está devendo – e muito.
Rafael Furtado
Também centroavante, o jovem das categorias de base ainda não demonstrou faro artilheiro no time profissional. Tem a favor de si a juventude e o porte físico, mas parece lhe faltar confiança e explosão para decidir os lances com efetividade. Nenhum gol em sete jogos.
Juninho
O lateral-esquerdo não é novidade, está no elenco desde a Série A de 2018. Mas nunca convenceu. Em 2020, fez 11 jogos, mas até o momento não agrada o torcedor paranista.
Fernando Timbó
Outro atleta remanescente de elencos passados, o zagueiro de 29 anos fez somente quatro jogos no ano, tempo suficiente para repetir falhas de atuações passadas e não se tornar um candidato sólido na zaga paranista.
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