O Paraná não marca um gol há três partidas - maior seca desde o início da Série B. Vem de uma queda significativa no aproveitamento de pontos. Saiu de campo no fim de semana com uma goleada por 4 a 0 para o CSA, que levou os jogadores a pedirem desculpas para a torcida.
Esse combo negativo aumenta a pressão em um momento importante na disputa. Faltam apenas quatro rodadas para o fim do primeiro turno, ou seja, para chegarmos à metade da Segundona. A matemática do acesso e do rebaixamento começa a tomar forma.
Embora mude a cada ano, dependendo do acirramento da briga pelas primeiras posições, o número mágico perseguido pelos clubes que sonham com o acesso em geral beira os 63 pontos. No ano passado, por exemplo, o Atlético-GO foi quem subiu com a pior campanha: 62 pontos - graças a uma derrota inesperada do América-MG para o São Bento, na última rodada.
Se tivesse vencido o oponente rebaixado, o Coelho teria chegado aos 64. Os quartos colocados nos anos anteriores somaram 60 (Goiás, em 2018), 64 (Paraná, em 2017), 63 (Bahia, em 2016).
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Para não ter que fazer um segundo turno beirando à perfeição para brigar pelo G4 - como fez o América-MG em 2019, com incríveis 40 pontos em 54 possíveis -, seria importante trilhar metade do campeonato com pontuação de cerca de 50% do número mágico. Algo como 31 pontos.
Voltando ao ano passado mais uma vez, os quatro que subiram no fim da competição estavam nessa situação no encerramento da 18ª rodada. Todos já no G4. Bragantino (35), Coritiba (33), Atlético-GO (30) e Sport (30). Evidentemente que não há garantia de acesso com um turno inteiro de antecedência, mas é um bom indício de que as coisas estão no trilho. De que basta manter o ritmo para conquistar o objetivo.
Hoje com 23 pontos - curiosamente mesma pontuação que tinha nessa altura da Série B do ano passado -, o Tricolor precisaria juntar os cacos e voltar a se impor nas quatro rodadas que restam para chegar à metade dos degraus da escadaria que leva à Série A. Bastariam duas vitórias em casa e um empate fora para atingir pelo menos 30 pontos.
A tabela paranista não é das piores, em teoria. O time encara o Sampaio Corrêa, na Vila; o Cuiabá, fora; o Oeste, de novo na Vila; e encerra contra o Cruzeiro, em BH. Apenas o líder Cuiabá, sensação da Segundona, está na parte de cima da tabela. Oeste e Cruzeiro são os dois últimos colocados. Parece relativamente fácil, mas o Paraná vem de dois pontos somados em quatro jogos. Bem longe de ser um retrospecto animador.
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