A empresa BASE, ex-parceira das categorias de base do Paraná, cobra R$ 7,7 milhões do clube na Justiça. Caso o Tricolor não pague o valor estipulado, a BASE pede a penhora da eventual venda do volante Jhonny Lucas, que deve acertar com o Braga, de Portugal.
O pedido da empresa foi protocolado pela Terceira Vara Cível de Curitiba dia 8 de janeiro. O Paraná tem 15 dias para se manifestar.
Vale lembrar que o Paraná mantém um acordo com a Justiça Trabalhista, chamado Ato Trabalhista, que prioriza o pagamento de dívidas trabalhistas do clube, em detrimento de ações cíveis, por exemplo, como a da BASE.
A BASE ainda pede que, caso o Paraná não possa quitar o débito, que esta recaia sobre o presidente Leonardo Oliveira e o dirigente Luiz Carlos Casagrande, o Casinha, com base em dispositivos previstos no Profut.
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O Paraná faz mistério quanto à venda de Jhonny. O presidente Leonardo Oliveira ficou três semanas na Europa para negociar o atleta, visto como a salvação financeira do clube em 2019. Especula-se que o Tricolor fechou acordo com o Braga no valor de 3,5 milhões de euros, cerca de R$ 15 milhões.
Segundo a ação da BASE, o Paraná detém 71% dos direitos econômicos do prata da casa. A reportagem buscou contato com a diretoria do Paraná. Via assessoria de imprensa, o clube afirmou que não comentaria o caso. Renê Bernardi, proprietário da BASE, também preferiu não comentar.
Em 2008, Paraná e BASE firmaram contrato de parceria de 12 anos para as categorias de base tricolores. A empresa fez aportes, previstos em contrato, no valor de R$ 4 milhões. O acordo foi rompido unilateralmente pelo Tricolor em 2014, com a BASE indo cobrar o clube na Justiça no valor de R$ 10 milhões, relativos à multa rescisória prevista contratualmente.
Em janeiro de 2016, empresa e Tricolor entraram em um acordo. O Paraná se dispôs a pagar R$ 5 milhões para encerrar a disputa jurídica. Na época principal investidor do clube, o empresário Carlos Werner ficou responsável pelo pagamento de R$ 2 milhões, enquanto o Tricolor deveria arcar com os outros R$ 3 milhões.
De acordo com o pedido da BASE em 8 de janeiro, Werner já quitou a sua parte do acordo judicial com a empresa. Vale lembrar que, em 2017, o investidor rompeu com o presidente Leonardo Oliveira e deixou de aportar dinheiro no Tricolor.
Por outro lado, a BASE argumenta que o Paraná deixou de cumprir a sua parte da dívida, tendo vencido no dia 31 de dezembro de 2018 o prazo para pagamento. Diante disso, a BASE cobra agora do Paraná o valor total, acrescido de cláusula penal compensatória e encargos de contrato, de R$ 7,7 milhões.
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