Discreto, Tcheco não é o tipo de profissional gosta de frequentar manchetes dos jornais, mas tem papel fundamental na arrancada do Paraná na Série B. Importância que ganhou mais peso quando foi transferido de função: passou de gerente de futebol a auxiliar-técnico com a missão de ‘segurar’ o vestiário após o baque da demissão de Lisca que resultou na efetivação de Matheus Costa.
O ex-meia de 41 anos comenta sobre os bastidores do Tricolor, comemora a oportunidade de voltar a trabalhar no campo, revela planos sobre o futuro e celebra a dupla formada com Matheus Costa no comando paranista.
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Gazeta do Povo: Como está sendo esse trabalho em dupla com o Matheus Costa?
Tcheco: O Matheus é um jovem que já passou por grandes times do Brasil. No Fluminense, por exemplo, ele teve grande experiência sendo auxiliar do Levir Culpi. Ele aprendeu muita coisa por já ter trabalhado na análise de desempenho. Ele já tem o caminho das pedras como a gente diz. Eu estou aqui para completar em algumas coisas dentro de campo, ajudar no que ele necessite. Na questão do vestiário, que eu tenho bastante experiência. E o Matheus escuta muito e tem humildade para aprender.
Você desistiu da carreira de técnico?
Eu sou muito tranquilo em relação a isso. Eu tive uma experiência no Coritiba, tiramos o clube do rebaixamento em 2013. Foi um sufoco. Treinei o sub-23 e revelamos o Raphael Veiga, o Juninho. Mas é algo que vai acontecer naturalmente. Eu não tenho pressa porque se você assumir uma equipe e não dar certo, no primeiro instante você é demitido e fica sem mercado. Eu prefiro fazer um trabalho em vários clubes, em várias áreas, ganhar experiência. E depois ir assumindo equipes menores. Tenho isso bem decidido na minha cabeça, ainda sou novo.
E como está sendo a experiência de trabalhar no Paraná?
Muito bom. Nós temos um grupo excelente. Fechamos com a torcida. Foi uma grande experiência trabalhar com o Wagner Lopes no início do ano também. Eu estou contente agora que estou indo para o campo, sendo auxiliar, no lugar que eu tenho mais conhecimento. Eu posso usar mais o meu trabalho com os jogadores.
Você chegou junto com o Rodrigo Pastana [executivo de futebol] no final do ano passado. Qual é o segredo dessa parceria de sucesso?
Eu não conhecia ele. Quando o Paraná me convidou para trabalhar, queriam que eu fizesse também essa parte que o Pastana faz. Mas eu não poderia porque é outra função. Você tem que conhecer mercado, empresário, contatos. Então me direcionaram para coordenação técnica e deu certo. Eu e o Pastana nos acertamos por termos os mesmos princípios, nosso tipo de pensamento bate e ele é muito competente também.
Seu contrato vai até o final do ano. Já existe conversa com a diretoria para permanecer?
Nesse momento nossa preocupação é subir o clube. São 10 anos na Série B. É muito tempo. E se a gente subir, na sequência o que vier vai ser bom para todo mundo. Isso é o que eu passo para os jogadores. Falo para eles não se preocuparem com contratos. E eu vejo a gana dos atletas em querer colocar o Paraná na Série A.
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