A sub-sede social do Paraná no Boqueirão foi arrematada na manhã desta quinta-feira (6) por R$ 9,25 milhões por uma empresa curitibana. O representante que fez o lance não revelou o nome da empresa, mas se trata da Ônix Empreendimentos.
Esta foi a segunda vez que o imóvel paranista foi a leilão. Na última quinta-feira (30), uma empresa paulista havia arrematado a sede por R$ 9,1 milhões, mas, após visitar o local, desistiu da compra. Por isso, o imóvel foi a leilão novamente.
O Tricolor foi representado na PB Castro Leilões, no bairro Mercês, pelo superintendente Oliveiros Machado, pelo vice-financeiro, Osman Luiz Tomasi e também pelo mecenas Carlos Werner. Nenhum dos representantes quis comentar o leilão.
O imóvel de área de 22 mil metros quadrados foi avaliado inicialmente em R$ 18,1 milhões. Houve disputa pelo arremate. O primeiro lance foi de R$ 9,1 milhões. O segundo, de R$ 9,2 milhões. O terceiro e último lance, foi de R$ 9,25 milhões.
A subsede foi a leilão em decorrência de uma ação do ex-professor de futsal do Paraná, Vinícius dos Santos França. A ordem de execução veio da 2.ª Vara de Trabalho de Curitiba. O clube conta com este dinheiro para negociar ações trabalhistas e diminuir seu passivo, além de liberar recursos bloqueados e aderir ao Ato Trabalhista.
Paraná ainda quer vender parte da sede na Kennedy
O Paraná tem interesse em negociar parte do terreno da sede social da Avenida Kennedy, na Vila Guaíra. O clube pede R$ 60 milhões por uma área de 18 mil metros quadrados.
A ideia de se desfazer da totalidade área esbarra em questões jurídicas, através da lei municipal número 1.550 que impediria uma transação financeira.Por isso, apenas algumas plantas do quarteirão gigantesco na Vila Guaíra estão disponíveis para compra.
Há um ano, em outubro de 2015, o Tricolor confirmou que o imóvel estava no mercado. Cerca de 150 conselheiros participaram da votação para permitir o negócio e 70% foram favoráveis à venda do patrimônio.
Em setembro de 2016, o clube mudou a sede do futebol para Quatro Barras, no Ninho da Gralha.
Vila Capanema tem complicada situação jurídica
Também em 2016, o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4) confirmou que o Paraná perdeu para a União o processo de posse da Vila Capanema. Os três desembargadores que votaram no caso foram favoráveis à reintegração da posse do terreno à União, assim como ao direito de o Tricolor de receber indenização pelas benfeitorias feitas no estádio desde 1971. No entanto, houve desacordo entre os desembargadores acerca do valor de indenização.
Desde então o clube negocia com o governo uma permuta. Em troca da permanência no Durival Britto, o Tricolor oferece nas negociações com o governo federal parte de outra propriedade de posse do clube, ainda não revelada. Uma das possibilidades seria ceder uma parte do complexo no Boqueirão.
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