Com apenas 19 anos, o volante Jhonny Lucas, considerado joia da base do Paraná, aguarda o fim de uma extensa novela na incipiente carreira: o jogador espera confirmar nos próximos dias a transferência da Vila Capanema para o futebol da Bélgica.
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Após uma infinidade de especulações e anúncios de uma iminente transferência, o atleta acertou as bases salariais com um clube da Bélgica e aguarda apenas o acerto entre o time belga, ainda não revelado, e o presidente do Paraná, Leonardo Oliveira.
Relembre a trajetória do curitibano que começou com o assédio de empresários ainda na base, badalação com contrato com a Nike, jogos na Série A e a alcunha de salvação financeira paranista que acabou o afastando dos campos: em 2019, foram somente 61 minutos jogados.
Malas prontas: a trajetória de Jhonny Lucas no Paraná Clube
Se destacando na base do Tricolor, Jhonny Lucas sofria assédio de empresários e grandes clubes brasileiros, após ser o primeiro atleta na história do clube a fechar contrato pessoal de patrocínio com a Nike. "Todos os empresários procuram. Um me disse que jogaria R$ 1 milhão em cima da mesa e mudaria nossa cabeça. Mas com a gente não é assim", declarou na época seu tutor, Mario Vieira.
Improvisado na lateral-direita, Jhonny Lucas estreou no time profissional sob o comando do então técnico Wagner Lopes, no empate sem gols contra o Toledo, naquela edição do Paranaense. Jogador demonstrou personalidade e participou de lances importantes.
Campeão olímpico com o Brasil em 2016, o técnico Rogério Micale enalteceu o futuro de Jhonny Lucas, comparando-o com grandes nomes da posição. "Conheço três jogadores de nível mundial com as mesmas características: Paulinho, Ramires e Elias", disse o treinador.
Buscando aumentar a multa rescisória do jovem volante, o Paraná rapidamente renovou seu contrato até dezembro de 2020. Os valores não foram revelados mas, naquele momento, Jhonny aparecia como um dos destaques do time de Micale.
O brasileiro Giuliano Bertolucci foi o primeiro grande empresário da bola a tentar intermediar uma transferência de Jhonny para o Velho Continente - o empresário, por exemplo, havia participado da ida de Phillipe Coutinho do Liverpool-ING para o Barcelona-ESP. O Arsenal-ING surgia como interessado em pagar R$ 50 milhões em Jhonny. Seria a primeira transferência frustrada.
Jhonny Lucas participou de um período de treinamentos ao lado de estrelas como Neymar, Phillipe Coutinho e Roberto Firmino antes dos amistoso da seleção contra Arábia Saudita e Argentina. "Não caiu a ficha ainda", declarou o volante na ocasião.
O volante fez 21 jogos na Série A de 2018 e parecia se despedir do Paraná. A diretoria paranista enxergava na venda do jovem a salvação financeira do clube em 2019, após o rebaixamento para a Série B.
Após ser ligado a uma série de clubes, foi a vez do Fenerbahce, da Turquia, surgir como destino do jovem. O Tricolor esperava receber R$ 25 milhões por 100% dos direitos econômicos do atleta. Novamente, a negociação não andou.
Com urgência para negociar Jhonny Lucas, o presidente Leonardo Oliveira e o então gerente ex-goleiro Marcos viajaram para a Europa para tentar acertar a negociação. Após visitas a diversos clubes, a proposta mais concreta veio do Portimonense, de Portugal. Novamente, sem acordo.
O volante nem havia sido vendido ainda, mas os credores do Paraná já tentavam penhorar a futura negociação. A empresa BASE, ex-parceira do clube, cobra R$ 7,7 milhões na Justiça e pede como garantia do pagamento o dinheiro da venda de Jhonny Lucas.
A dificuldade do Paraná em vender Jhonny Lucas despertou a atenção do rival Athletico. O Furacão monitorava o jovem há algum tempo e chegou a sondar o Tricolor, mas o negócio também não evoluiu.
Jhonny fechou acordo com o empresário Federico Pastorello, que trabalha com nomes como o belga Romelo Lukaku, atacante do Manchester United-ING. Foi o empresário que intermediou a transferência para o clube belga que promete, finalmente, um desfecho para a novela. O técnico Matheus Costa revelou que a iminente saída trará "muito retorno financeiro".
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