Menos de seis meses após o lançamento da marca própria, o Paraná mostra evolução em promessas feitas na mudança de fornecedora. Por outro lado, a direção continua sem passar dados concretos da operação.
Depois de não renovar com a Topper, o clube procurou empresas no mercado e chegou a fechar com a Embratex, mas recuou de última hora por rejeição da torcida. Dessa forma, a ideia foi apostar em produzir seu uniforme de forma independente.
Em parceria com a Spieler Sports, de Joinville, que confecciona todos os materiais, o Tricolor divulgou a marca “Valente” e apresentou os uniformes no começo de julho, em evento na sede social da Kennedy.
Os preços das camisas são de R$ 179,00 e R$ 189,00 para uniformes infantis e femininos, e R$ 199,00 para uniforme I e II, e R$ 219 para uniforme “plus”. Também existem os modelos III e comemorativa aos 30 anos de história, completados no próximo dia 19 deste mês.
Além disso, a “Paraná Store”, na Kennedy, foi reformada e ampliada para disponibilizar dezenas de itens para venda. Na época do lançamento, o clube prometia 52 produtos e a variedade, de fato, é maior do que com as fornecedoras anteriores. A direção também lançou uma loja virtual (paranastore.com) para facilitar a comercialização.
O impacto da mudança, entretanto, não é revelado. A reportagem tentou contato por dois dias com o clube para levantar números e comparar com anos anteriores, mas não obteve resposta. Dessa forma, ainda não é possível validar se a marca própria aumentou o faturamento.
Relação estreita
Os desenhos das camisas oficiais foram feitos por um integrante da Fúria Independente, principal organizada do Paraná. Em troca, a torcida tem um pequeno emblema no canto inferior direito das camisas oficiais.
O presidente Leonardo Oliveira disse que, nos próximos anos, mais torcedores poderão ter suas criações como o uniforme oficial e que também teriam suas assinaturas no material. A realidade, contudo, é diferente.
A relação entre o Tricolor e a organizada ultrapassa a parte gráfica. A torcida também aconselha e toma decisões, como sobre impedir a venda da camisa rosa, em homenagem ao Outubro Rosa, para o público masculino, e que os jogadores não entrassem em campo numa partida da Série B com o modelo.
Os contatos da Fúria com a direção paranista e representantes da Spieler são frequentes e praticamente diários.
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