A volta do Paranaense está prevista para 15 de julho. Esta é a data que a Federação Paranaense de Futebol (FPF) e os oito clubes que ainda estão na competição projetam para a retomada.
No entanto, caso não seja possível este retorno, o presidente do Paraná, Leonardo Oliveira, acredita que o Estadual pode não ser concluído dentro de campo.
“É a data limite. Caso não tenha a liberação, teremos que nos reunir novamente, discutir o assunto e tomar a decisão cabível. Não adianta querermos resolver todas as possibilidades de caminhos para ver qual será o destino do Campeonato Paranaense”, disse o dirigente, em entrevista à Rádio Transamérica.
“O grande problema é que existe o regulamento para rebaixamento, acesso, vagas na Copa do Brasil, que podem ser prejudicadas ou se complicar com a não finalização do campeonato. Mas isso é uma questão que a federação vai ter que resolver”, completou.
Segundo ele, muitas questões ainda envolvem a possível volta. O principal é o aspecto técnico e físico dos jogadores, que ainda não podem fazer trabalhos táticos e há um mês estão apenas trabalhando fisicamente.
“Nós nem estamos treinando ainda. São atividades sem confrontos, sem a possibilidade de se definir os times taticamente. Isso para nós é prioridade”, acrescentou Oliveira.
Até por isso, o Tricolor não vê uma possível conquista do título do Paranaense como prioridade. Para o presidente, o foco está na Série B, que está marcada para começar em agosto.
Desta forma, o Estadual seria usado como uma forma de a equipe retomar o ritmo de jogo, independentemente dos resultados que serão alcançados. Nas quartas de final, o Paraná encara o Coritiba, que foi o líder da primeira fase.
“Não trataremos o Estadual como prioridade, já está bem colocado para a comissão técnica e diretoria. Temos a Série B para jogar e é a nossa prioridade na temporada”.
Protocolos
Um dos motivos que fazem os clubes quererem voltar a jogar é a questão dos cuidados que estão tomando com elenco e comissão técnica. Oliveira lembrou que tudo que está sendo feito é justamente para o futebol retornar com segurança.
“O futebol tem esses protocolos estabelecidos, são caros, muito específicos e trazem uma certa segurança para a atividade. Estamos testando os atletas periodicamente e estão sendo tratados de uma forma muito rígida. Isso tem que ser levado em consideração”, destacou.
Para o presidente, o momento agora é pior do que quando o Paranaense foi interrompido, dia 16 de março. De acordo com ele, a paralisação foi muito cedo e se tivesse sido adiada, teria resolvido parte dos problemas.
“Infelizmente nós paramos em um momento em que no Sul não tínhamos uma pandemia completamente estabelecida. Paramos quando tinha 20, 30 casos no Estado. Se as coisas tivessem acontecido de forma mais regionalizada, poderíamos, dentro de um protocolo, ter continuado o campeonato. Agora temos que nos adaptar a esse problema. O futebol tem chegado a um limite e tem a necessidade de se ter uma definição de futuro”, completou.
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