A queda do Paraná para a Série B do Campeonato Brasileiro em 2018 fez com que o clube tivesse uma redução nas receitas na temporada de 2019 e fechou o ano com um déficit de R$ 2 milhões, de acordo com o balanço divulgado na última sexta-feira (1º).
Cenário diferente de 2018, quando atuou na Série A e teve lucro de R$ 8 milhões. Já a dívida líquida do Paraná passou de R$ 145,5 milhões, em 2018, para R$ 128 milhões, redução na casa dos R$ 17 milhões.
Ainda de acordo com o balanço financeiro, o Tricolor fechou 2019 com R$ 7 milhões em caixa. Em 2018, o clube tinha encerrado o ano com R$ 9,8 milhões.
Entretanto, o valor ficou comprometido com o acerto de dívidas trabalhistas por causa do trato firmado entre o clube e a Justiça do Trabalho, que foi renovado por mais um ano. O Paraná relembra que pode movimentar em suas contas 80% de suas receitas – 20% ficam à disposição em juízo.
Já o setor social do clube fechou 2019 com lucro de R$ 2,2 milhões. Em 2018, o Paraná já havia conseguido lucrar R$ 1 milhão. Grande parte do aumento na receita é da locação da Sede da Kennedy.
Confira abaixo outros detalhes do balanço:
Cotas de televisão
Um dos pontos que o Paraná mais teve queda em receita foi nas cotas de direitos de transmissão. Em 2018, quando esteve na Série A do Campeonato Brasileiro, o clube obteve R$ 29,9 milhões. Já com o retorno para a Segundona, o clube recebeu R$ 8,1 milhões.
Patrocínios e publicidade
Outro fator que pesou na diminuição de receita foram patrocínio e publicidade. Em 2018, o clube teve R$ 4,4 milhões de lucro. Além da visibilidade por disputar o Brasileirão e contar com mais parceiros, o Tricolor contava também com o patrocínio master da Caixa Econômica Federal. Já em 2019, essa receita diminuiu drasticamente e o clube recebeu R$ 346 mil com parceiros.
Venda de atletas
Por outro lado, o Paraná conseguiu ter um lucro maior com a venda de direitos econômicos de jogadores no ano passado. Se em 2018 o clube havia faturado R$ 3,6 milhões nesse ponto, a receita foi de R$ 5,4 milhões no ano passado – impulsionado também pela venda do volante Jhonny Lucas ao Sint-Truiden, da Bélgica.
O Tricolor negociou o atleta por 1 milhão de euros com o clube belga – que seria quitado em duas parcelas de 500 mil euros (cerca de R$ 2,1 milhões na época). No entanto, o Sint-Truiden pagou apenas uma parcela até o momento.
Além de Jhonny Lucas, o Paraná também negociou alguns jogadores da base, como o meia-atacante Juan Makil, que se transferiu para o Athletico, e o volante Leandro Vilela, negociado com o futebol português.
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