Sem chance de acesso, o Paraná cumpre tabela na última rodada da Série B diante do Botafogo-SP, dia 30, na Vila Capanema. O clube pretende utilizar o período para observar o elenco e tratar de uma possível renovação com o técnico Matheus Costa.
O treinador paranista tem contrato até o fim do mês e admitiu que foi procurado pela direção durante a competição para tratar da permanência. Como o clube brigava pelo G4, as conversas foram adiadas e devem ser retomadas nesse período em que o time não tem mais objetivos maiores na disputa.
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“A gente tem que conversar. Ver o que for melhor para ele, para o clube. A gente espera tomar essa decisão até a última rodada ou logo depois. É uma questão que vamos tratar com tranquilidade”, afirmou o executivo de futebol, Alex Brasil, em entrevista à rádio Banda B.
Costa sinalizou que o Tricolor tem prioridade em sua próxima temporada e espera resolver a questão nos próximos dez dias. Enquanto isso, o comandante afirma que vai ajudar a direção na análise do atual elenco.
“Eu quero ajudar o clube, independente de continuar ou não. Vamos analisar os jogadores que devem permanecer. O clube tem que pensar nessa situação. É interessante manter a maior parte do elenco, porque já mostrou sua capacidade. Verificar as carências de acordo com a realidade do clube”, avaliou.
Do atual grupo, apenas 12 atletas possuem contratos até o final de 2020. O goleiro Alisson é o único desses que tem vínculo maior: 2022. Com problemas salariais durante toda a Série B, algumas peças já buscam outro mercado para a próxima temporada. O lateral-esquerdo Guilherme Santos, por exemplo, admitiu que não fica após o empate com o Criciúma, na última rodada.
“Temos duas semanas para conversar e ver o pensamento da direção. Temos que pensar no planejamento para conquistar os objetivos. O título do Paranaense é de extrema importância, muito tempo sem conquistar. Tem o retorno financeiro da Copa do Brasil para dar mais sustentação. E, depois, a competição mais importante, que é a Série B”, finalizou Costa.
Além do comando técnico e do elenco, o Paraná ainda precisa buscar recursos para realizar o pagamento neste final de ano. Todo o departamento de futebol, que envolve comissão, atletas e estafe, além de funcionários das outras sedes, estão com salários atrasados. Fora os débitos, o clube ainda tem que pagar novembro, dezembro e 13º salário.
Outra questão a ser discutida é sobre a gestão do clube. O presidente Leonardo Oliveira e o superintendente geral, Oliveiros Machado Neto, são os únicos que restaram na diretoria. Os outros três integrantes renunciaram aos cargos durante o ano.
Abandonado, Oliveira chamou o dirigente Osmar Tomasi, que trabalhou em sua gestão entre 2015 e 2017, para assumir a gestão financeira. As duas vagas de vice-presidentes ainda precisam passar pelos Conselhos Consultivo e Deliberativo.
“Dependendo do que for definido, nós vamos decidir se temos o apoio do clube. Nós nos propusemos a tocar o clube de certa maneira e com as regras que nós tínhamos no momento. A partir do momento que se muda essa premissa, nós temos o direito de reavaliar a nossa posição também. Tudo tem limite e, chegando a esse limite, nós temos que pensar no bem da família”, afirmou o presidente em entrevista à rádio Transamérica.
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