Na última terça-feira, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) se reuniu com clubes das quatro divisões do futebol nacional para sugerir o retorno dos estaduais em 20 dias e também apresentar as propostas da Globo para a redução do pagamento das cotas de televisão.
Um dos pontos discutidos atinge diretamente Paraná e Operário, as equipes paranaenses da Série B. A proposta da Globo, detentora dos direitos de transmissão da competição, seria a redução de mais de 50% do dinheiro de televisão para os clubes.
De acordo com o presidente do Tricolor, Leonardo Oliveira, a proposta inviabiliza o funcionamento das agremiações. “Foi uma proposta completamente inviável. Não há como aceitar e sobreviver com isso. Além de tudo o que aconteceu devido à pandemia, com redução do número de sócios, perda de patrocínios e receitas, esse corte acaba sendo inviável para os clubes. Nós estamos negociando e devem ter novidades”, disse o presidente Leonardo Oliveira, em entrevista à Rádio Transamérica, na manhã desta quarta-feira (29).
O mandatário paranista ainda ressaltou que, com a redução no pagamento das cotas de televisão, não há como discutir o possível início da Segundona. “Eu não vejo como discutir medidas a partir dessa notificação. Essa situação traz o caos. Não há a menor condição de os clubes aceitarem e sobreviverem”, frisou o presidente.
Retorno do futebol
Outro ponto discutido na reunião foi a sugestão da CBF de recomeçar os estaduais em até 20 dias. O que foi considerado uma “insanidade” pelo presidente do Paraná. “Nós temos o nosso planejamento bem definido, com diversas etapas para o retorno. Mas, o máximo que podemos discutir agora é a volta aos treinamentos em grupos reduzidos e isso deixa longe ainda os atletas na condição de competir. Não é possível discutir o retorno de todo o elenco junto. Falar em competir neste momento é insano”, declarou.
Leonardo Oliveira ressaltou ainda que só colocará seu elenco na disputa de campeonatos quando os órgãos de saúde darem o aval para o retorno. “Tivemos um número recorde negativo no número de mortes no País. É lamentável falar em competir agora. Beira a loucura. Nós não colocaremos os nossos atletas em competição nestas situações”, concluiu o dirigente.
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