Leonardo Oliveira, presidente do Paraná Clube.| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

O presidente do Paraná Clube , Leonardo Oliveira, acusa o ex-investidor do clube, Carlos Werner, de tentar sabotar o trabalho da atual diretoria em um ano eleitoral. O Tricolor terá eleição para presidente em setembro.

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O mandatário também acusou Werner – dono da empresa CAW, de estruturas metálicas, principalmente torres de celular – de exigir a demissão do executivo de futebol, Rodrigo Pastana, em duas oportunidades, além de forçar a barra para escalar uma equipe sub-17 no Campeonato Paranaense de 2017.

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As declarações foram concedidas por Oliveira ao UOL Esporte. A reportagem da Gazeta buscou contato com Oliveira, ele visualizou as mensagens, mas não respondeu.

Carlos Werner durante o leilão da Vila Olímpica (sede social). 

Ele [Werner], completamente rachado em relação ao clube, entrou em rota de colisão com os antigos gestores também. Eu nunca quis atacá-lo porque, apesar de tudo, ele foi um cara que ajudou o clube, botou R$ 20 milhões, apesar das ‘cagadas’, permitiu que o clube continuasse”, disse Oliveira.

A ruptura de Werner, ainda segundo Oliveira, teria acontecido após Pastana vetar a ideia de o Tricolor jogar o Paranaense de 2017 com um time sub-17. Este seria, segundo Oliveira, o desejo do investidor.

Após a negativa de Pastana em aceitar a ideia, Werner teria então, segundo Oliveira, pedido a demissão do executivo. “Não está querendo aceitar as diretrizes, não vai usar a base, não quero”, teria dito Werner, segundo relato de Oliveira.

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Ruptura

No mesmo relato, Oliveira afirma que, em janeiro deste ano, Werner teria anunciado à diretoria que estava de saída do clube, por causa das divergências com Pastana sobre uso da base.

“Sentei com o Carlos e perguntei: o que vamos fazer? [Invista] R$ 250 mil no Paranaense e R$ 400 no Brasileiro e a gente toca. Conseguimos R$ 200 e R$ 300 mil. E ali começou o racha. Ele parou de colocar dinheiro e nós começamos a correr atrás de dinheiro”, reforçou Oliveira, ainda ao UOL Esporte.

De acordo com o Oliveira, o fato de o clube começar a embalar na Série B de 2017 desagradou Werner. “Ele ficou puto porque imaginou que ia dar errado e íamos mandar o Pastana embora”, diz o mandatário.

Com o corte do dinheiro de Werner, Oliveira conta que o Tricolor quase chegou a atrasar salários na Segundona do ano passado, mas acabou salvo por uma verba de 300 mil dólares relativa a uma transferência do atacante Lima (ex-Santos e Paraná) para o Al Hilal.

“Ali dava dois meses de salários, comemoramos muito”, relembra Oliveira.

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Discussão

Após isso, o presidente e o investidor tiveram nova divergência. Isto porque, com o time embalado na Série B, Werner teria pedido a Oliveira, novamente, a demissão de Pastana. “Ele falou: ‘manda o Pastana embora. Vou trazer meu pessoal, agora embalou, vou por dinheiro e vamos subir”, disse Oliveira ao UOL Esporte.

“E ali a gente rachou de vez, quase saímos na porrada. ‘Você traiu minha confiança’, ele me disse. E eu respondi: ‘não, os interesses do Paraná nunca vão ficar atrás dos seus”, prosseguiu Oliveira.

Jogo na Baixada

Por fim, Oliveira, ainda em entrevista ao UOL Esporte, explicou a operação que levou o jogo do Tricolor contra o Internacional, na Série B do ano passado, para a Baixada. O mandatário afirma que toda negociação foi feita diretamente entre Werner e Mario Celso Petraglia. “O esquema do Petraglia era com o Carlos. Nós tentamos fazer o jogo com o Corinthians lá (1.ª rodada da Série A) e o Petraglia colocou um milhão de empecilhos”.

O acordo, segundo Oliveira, teria sido o seguinte: “Aluguel em R$ 100 mil, citado em borderô. Atlético tinha receita de bares, ficaram com grande percentual, estacionamento, a receita toda do Atlético. R$ 250, R$ 300 mil com o evento. Não operação enxertaram custos deles, na nossa estimativa tinham feito um bom dinheiro”, complementou Oliveira.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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