Determinado pela Justiça do Trabalho como “administrador-depositário” do processo que penhorou 20% das receitas do Paraná para pagamento de execuções trabalhistas, o presidente Leonardo Oliveira recebe uma remuneração de R$ 25 mil mensais pela função.
O rendimento do presidente Tricolor é do nível de um diretor de uma empresa de grande porte no Brasil. Médicos de alta qualificação e especialidades delicadas costumam receber aproximadamente R$ 15 mil.
O montante é pago pelo próprio Tricolor. A nomeação de Oliveira faz parte do ato trabalhista, acordo celebrado ente clube e Justiça. A duração do plano de administração com Oliveira como gestor é de um ano. Ou seja, neste período, o presidente paranista receberá R$ 300 mil.
TABELA: Veja a classificação do Paranaense e os próximos jogos
Antes de se tornar o gestor do ato trabalhista, Oliveira não recebia remuneração pelo cargo de presidente. Isto porque o estatuto do Tricolor determina que o cargo não é remunerado pelo clube.
“Inicialmente, na qualidade de presidente eleito do Conselho Gestor do Paraná, o ora Administrador [Oliveira] não dispunha qualquer remuneração fixada, mas por outro lado, também não detinha a obrigação de trabalhar em tempo integral na instituição”, diz trecho da determinação judicial.
“Ante o novo cenário, e pela nomeação aqui determinada, requer que seja fixada a remuneração para o trabalho realizado em prol da Justiça, sugerindo, ante a complexidade e disponibilidade integral a que esteja submetido, a remuneração mensal de R$ 25 mil”, prossegue o texto.
Procurado, Oliveira não respondeu à reportagem. Via assessoria de imprensa, o Paraná se manifestou por meio de uma nota oficial.
“O assunto em questão envolve uma determinação judicial, com cumprimento do que estabelece a legislação aplicável ao caso, que não envolve aprovação por parte do Paraná ou de seus conselhos”, diz o texto.
“Clube e Justiça estão alinhando a realização de uma coletiva de imprensa onde todos os pontos desse processo serão oportunamente esclarecidos”, prossegue a nota oficial.
Vice-jurídico do Paraná, Luiz Berleze afirma que não caberia ao clube discutir o valor estabelecido para a remuneração, apenas acatar a decisão.