Apesar do bom jogo na derrota por 2 a 0 para o Atlético-MG, o Paraná voltou a repetir sua maior marca na Série A: a instabilidade. Seja entre as rodadas ou em momentos distintos dentro de uma mesma partida, a equipe de Rogério Micale não consegue manter-se constante no gramado. Essa oscilação tricolor, por vezes abissal, é causada principalmente por se tratar de uma equipe ainda em construção. Mesmo após a parada de mais de um mês no calendário para a disputa da Copa do Mundo, o time não terminou de montar nem mesmo seu elenco.
Contra o Galo, por exemplo, o técnico Rogério Micale teve mais uma estreia em campo. O zagueiro Renê Santos , apresentado oficialmente no dia 21, já foi colocado à prova no Horto, por falta de outras peças no elenco. “Tive que colocar o Renê com muito pouco tempo de treinamento .Fizemos um trabalho intensivo com ele de mostragem da forma de atuar, dos nossos conceitos e comportamento dentro de campo”, explicou o comandante em entrevistas às Rádios Banda B e Transamérica, mostrando satisfação com a atuação do recém-chegado, apesar da situação emergencial.
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E a construção da equipe ainda não acabou. O atacante Maicosuel foi emprestado do São Paulo e só deve estar apto para voltar a defender a camisa paranista diante do Ceará, na Vila, no próximo dia 5. Esse cenário de caras novas chegando, com atletas em busca de entrosamento e de entendimento do sistema de jogo do time impacta no desempenho dentro das quatro linhas. “A equipe está evoluindo também. A todo momento chega um jogador novo”, ponderou o comandante, que durante a paralisação para a Copa do Mundo esperava por 3 a 4 peças para encorpar o plantel - ganhou duas, Nadson e Rodolfo -, e outras duas foram anunciadas após a retomada do Nacional, justamente René e Maicosuel.
Mesmo a dupla contratada na intertemporada forçada acabou demorando para entrar em campo. No reinício da Série A, contra o Vitória, pela 13ª rodada, Rodolfo ainda não havia sido regularizado e Nadson teve dores musculares que o impediram de atuar na derrota por 1 a 0 em Salvador.
A partida em Salvador exemplifica, aliás, a gangorra de desequilíbrio vivida pelo Tricolor, pois nenhuma evolução foi mostrada em campo, apesar do longo tempo de treinamento. Quando Nadson e Rodolfo finalmente puderam vestir a camisa do Paraná, quatro dias depois, o time cresceu, vencendo o América-MG . Mas, mesmo assim, somente no primeiro tempo contra o Coelho a atuação foi convincente. Na segunda etapa, com a vantagem no placar, o Tricolor voltou a jogar mal, criando apenas uma oportunidade clara de gol.
Micale espera minimizar essa falta de regularidade do time, tanto coletivamente quanto individualmente, à medida que puder trabalhar com força máxima e ampliar o entrosamento dos jogadores. É a alternativa para combater e contornar eventuais falhas como a do gol de bola parada sofrida contra o Galo, no primeiro tempo, ou a da falha grosseira de Caio Henrique no segundo tento mineiro.
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