A reunião do Conselho Deliberativo do Paraná na noite desta terça-feira (26) promete um intenso embate entre diferentes gerações de paranistas. No centro da discussão, as possibilidades jurídicas de uma eventual venda da sede social da Kennedy.
Há semanas pressionando a diretoria pela venda da propriedade com uma faixa na Vila Capanema, a organizada Fúria Independente estará presente. A Fúria lidera a principal corrente a favor da venda da sede. Para os organizados, a propriedade acarreta prejuízos e atrapalha o clube em seu principal objetivo, o futebol profissional.
>> TABELA: confira os próximos jogos, resultados e classificação do Paranaense
>> TABELA: veja todos os jogos da Série B 2019
De outro lado, uma geração mais antiga de paranistas — simbolizada pelo presidente do Deliberativo e figura mais antiga da vida política do Tricolor, Luiz Carlos Casagrande, o Casinha — defende a manutenção da propriedade. Procurado, Casinha não atendeu à reportagem.
Para a velha guarda, a Kennedy é um patrimônio do Paraná que, caso vendido, pode ter o destino de outras sedes já negociadas, como a do Tarumã e a do antigo Britânia. Ou seja, mesmo negociando estas posses, o Paraná seguiu endividado e não resolveu sua vida financeira. Cenário que poderia se repetir com a venda da Kennedy e motiva o receio dos mais antigos.
No meio de ambas as correntes, permanece a figura do presidente Leonardo Oliveira, que mantém diálogo interno com ambas. O presidente paranista não se pronuncia publicamente sobre assuntos do clube desde novembro de 2018. Recentemente, passou por uma cirurgia e tirou licença médica, mas está de volta ao clube após o período de repouso.
Situação jurídica
Na reunião, a diretoria do Paraná detalhará a situação jurídica da sede da Kennedy. Em outubro de 2015, os conselheiros do clube aprovaram a venda do patrimônio, após 70% dos 150 presentes votarem favoravelmente.
A propriedade tem cerca de 28 mil metros quadrados. O valor exigido na época era de R$ 60 milhões. Vale lembrar que o salão social já foi arrendado para uma empresa de eventos em 2012, pelo período de 20 anos.
“Parte o coração dizer que vamos vender. Mas creio que o Paraná está entrando em uma nova fase. É um dia histórico”, vaticinou, em 2015, o então presidente do Deliberativo, Rodrigo Vissotto.
Três anos depois, aprovada pelos conselheiros e promessa de campanha do presidente Leonardo Oliveira, a venda esbarrou em questões jurídicas.
A lei municipal número 1.550, sancionada em 16 de abril de 1958 pelo então prefeito Ney Braga, sanciona que a escritura de doação do terreno pelo poder executivo ao Esporte Clube Água Verde, um dos embriões do Paraná, fosse gravada com as cláusulas de inalienabilidade e impenhorabilidade, ou seja, o terreno não poderia ser vendido nem penhorado.
Procurado pela reportagem via assessoria de imprensa, o diretor jurídico do Paraná, Luiz Berleze, não respondeu aos questionamentos.
***
Notícias do Paraná Clube
Você pode receber mensagens instantâneas, via WhatsApp, para ficar bem informado sobre tudo o que vai acontecer no Paranaense, Copa do Brasil, Série B e até alguns dos piores momentos dos rivais – assim como vídeos e fotos exclusivas de jogos e treinos.Para receber diariamente as principais notícias, resultados e classificação, basta seguir os passos abaixo. É muito simples. Junte-se a nós na lista de transmissão de notícias Meu Tricolor. Seja bem-vindo ao nosso grupo!
Grupo de WhatsApp futebol
O futebol no seu celular. Você pode receber mensagens instantâneas, via WhatsApp, para ficar bem informado sobre tudo o que vai acontecer nos principais clubes do país. Para receber diariamente as principais notícias, resultados e classificação, basta seguir os passos abaixo. É muito simples. Junte-se a nós no Brasileirão 2019!!! Seja bem-vindo ao nosso grupo!
*