Um dos pontos fortes do Paraná ao longo da temporada vinha sendo a defesa. A dupla de zagueiros formada por Thales e Fabrício se encaixou bem e vinha dando ótimos resultados, tanto atrás, quanto na frente, marcando gols importantes.
Porém, no início da Série B, Thales, emprestado pelo Colorado, acabou negociado pelos gaúchos com o futebol europeu. Surgiu então uma posição entre os titulares, que acabou ficando com um inusitado recém-chegado ao Tricolor.
Após boas atuações no Paranaense pelo Rio Branco, o colombiano Salazar foi contratado para a disputa da Segunda Divisão. Até a saída de Thales, ele havia jogado apenas um minuto, quanto entrou no final da vitória por 3×1 sobre o Juventude, pela terceira rodada. Na oitava, assumiu a vaga e não saiu mais.
Inclusive, com a lesão de Fabrício, o gringo passou a exercer também uma função de liderança na defesa e nos altos, literalmente, dos seus dois metros de altura, organizou a retaguarda paranista.
“Ele tem uma liderança muito positiva, é um líder nato. No vestiário, no jogo mesmo ele orienta”, conta o ex-volante Tcheco, que foi treinador do defensor no Rio Branco e também seu primeiro comandante no futebol brasileiro.
Início de Salazar no futebol brasileiro foi no Coritiba
Em 2015, o colombiano, então com 20 para 21 anos, deixou o Expresso Rojo, modesto clube em seu país natal, e veio para o Brasil, mais precisamente para o Coritiba, onde passou por um período de testes e trabalhou no time de aspirantes, que tinha justamente Tcheco como técnico.
“O Salazar acabou aparecendo pelo controle de análise de desempenho do clube e também por empresários que oferecem alguns nomes. Nós filtramos alguns atletas para avaliarmos e foi o caso dele", relembra.
"Ele fez um mês de avaliação, que era o período que eu achei ideal para poder avaliá-lo, e acabou passando”, prosseguiu o agora treinador.
Depois de uma temporada no Coxa, Salazar rodou o país. Jogou no Ceará, Camboriú, Barra-SC, Avaí, Prudentópolis, Rio Branco, ASA e Andraus. Para esta temporada, já estava no radar para voltar ao Leão da Estradinha e reencontrou Tcheco, que viu um zagueiro muito mais preparado.
Qualidades e evolução
“Ele precisava melhorar um pouco a coordenação por ser muito alto. Ele já era bom tecnicamente, só precisava aprimorar e está concretizando isso agora, com saída de bola, visão de jogo. Ele só precisava de bagagem, conseguiu isso passando por outros clubes e vai evoluir ainda mais”, projeta Tcheco.
E foram essas referências que ajudaram o Paraná a contratá-lo. Tcheco foi consultado pela comissão técnica paranista a respeito do zagueiro e isso ajudou na sua chegada à Vila Capanema.
Confira a classificação completa da Série B!
Com ele em campo como titular, o Tricolor sofreu dez gols, mas por conta da goleada por 4×0 para o CSA e o empate em 3×3 com o Cuiabá. Em quatro jogos a defesa passou intacta. As boas atuações foram coroadas com o primeiro gol pelo time, na goleada por 4 a 0 sobre o Oeste, na última segunda-feira (26).
“Eu falei que quando ele tivesse a primeira oportunidade ele não sairia mais. Ele transmite confiança para o grupo e para o treinador”, completou Tcheco.
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