O Paraná se esforça para que a Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) ofereça denúncia contra o árbitro Felipe Duarte Varejão e o assistente José Maciel Linhares, do Espírito Santo. Os dois tiveram a atuação duramente criticada após a derrota tricolor para o Vitória, no último dia 10, pela 10ª rodada da Série B.
Na última semana, o departamento jurídico do clube protocolou uma notícia de infração disciplinar junto ao STJD, no Rio de Janeiro, para tentar pedir que, além do lateral Fernandinho e dos dirigentes Alex Brasil e Fernando Leite, a dupla também seja denunciada.
"Eu acredito que pela gravidade e pela repercussão que o caso teve nacionalmente dificilmente a procuradoria vai deixar de denunciar", destacou o advogado do clube, Itamar Côrtes. "O fato de o árbitro ter ofendido atletas e dirigentes do Paraná é inusitado", completou.
Otimista, o advogado cita como exemplo a denúncia contra o árbitro Vagner Tardelli, que apitou o duelo paranista contra Internacional, na segunda partida das quartas de final da Copa do Brasil, em 2008. "Foi uma arbitragem desastrosa e ele foi denunciado", lembrou Côrtes. O árbitro acabou absolvido pelos auditores do STJD.
Segundo Côrtes, a expectativa é de que o julgamento em primeira instância seja realizado em, no máximo, duas semanas. O Paraná reclama de pênalti em um lance envolvendo o meia Lúcio Flávio, que acabou advertido com cartão amarelo por simulação. Os jogadores também ficaram revoltados porque a partida foi finalizada quanto o Tricolor tinha a bola dominada no ataque. "Isso é contra as normas de arbitragem. Ele causou insurgência dos jogadores", defendeu.
Na súmula, Varejão citou que recebeu ofensas de atletas e de membros da diretoria paranista. Na ocasião, o gerente de futebol Alex Brasil confirmou as discussões, mas negou que tenha ameaçado o trio de arbitragem, como sugere o registro do jogo.
"As imagens mostram um policial junto com ele [Alex Brasil] e os dois dialogando. Ele jamais teria dito coisas tão fortes, como as relatadas na súmula, sem que o policial fizesse algo", argumentou Côrtes.
O árbitro e o assistente podem, também, serem punidos pela Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que também recebeu imagens da partida anexas à reclamação do Paraná.
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