Nesta terça-feira (9), o departamento jurídico do Paraná confirmou a informação de que os direitos econômicos do atacante Kelvinforam penhorados para quitar uma ação movida pelo Vitória e a empresa do ex-presidente do clube baiano, Paulo Carneiro.
O clube baiano e a Carneiro Assessoria Ltda pedem na Justiça a devolução do valor investido na compra de direitos econômicos do atleta Flávio Guilherme, que defendeu o Tricolor em 2001.
Com a ação, caso o Paraná negocie Kelvin, parte do valor da promessa terá de ser depositado em juízo. Em valores corrigidos, a parte a qual o Vitória e Carneiro protestam chegaria a R$ 2milhões.
"Já sabíamos que iam fazer isso [pedir a penhora]. Não é a primeira vez que isso acontece. Foi assim com o Giuliano [atualmente no Inter] e o Josiel[do Atlético-GO]. Por isso, pedimos uma audiência de conciliação para dezembro para tentar fazer um certo", explica Alessandro Kishino, advogado do Paraná.
Especula-se que a multa rescisória da revelação paranista, que tem contrato com o Tricolor até maio de 2012, é estipulada na casa dos R$ 7 milhões. Vale lembrar que este montante já seria repartido por vários investidores, antes mesmo do depósito em juízo.
Entenda o motivo da penhora
O assunto veio à tona no site Paranautas na última segunda-feira (8), quando um usuário do portal teria feito a denúncia de que o Vitória e mais uma empresa estavam com uma ação conjunta, contra o Paraná.
O Vitória-BA, junto com a empresa Carneiro Assessoria Financeira LTDA (empresa do ex-presidente do clube, Paulo Carneiro), pede a devolução do valor investido na compra de direitos econômicos do atleta Flávio Guilherme.
A negociação foi feita em 2001, durante o mandado de Ênio Ribeiro. Segundo o clube baiano e a empresa de Carneiro, o Tricolor, em 2003, rescindiu o contrato de trabalho com o atleta de forma antecipada, prejudicando os investidores, que perderam suas cotas nos direitos econômicos do jogador. Flávio entrou com uma ação para pedir liberação e o Paraná acatou o pedido e liberou o jogador.
Em 2004, a ação já estava na ordem de R$ 916.348,68. Hoje, com os valores corrigidos, vale R$ 1.975.579,68. Em dezembro de 2010, terá uma audiência de conciliação para tentar um acordo entre as partes.
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