Paraná curte ressaca do vice

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Mesmo com uma indisfarçável ressaca após a perda do título estadual em casa para o Paranavaí, o Paraná iniciou ontem os treinamentos para o duelo de quinta-feira contra o Libertad, no Paraguai, jogo que vai definir a sorte do time na Libertadores. Entre tantas cabeças baixas, o técnico Zetti achou que seria melhor deixar as coisas correrem naturalmente pelo menos por um dia antes de iniciar o trabalho motivacional para enfrentar os paraguaios.

"Hoje (ontem) não tem como. Seria perda de tempo. Então vamos deixar os jogadores curtirem um pouco a dor também, assimilarem melhor, e de terça para quarta-feira começamos a focar nisso", explicou.

O treinador, no entanto, já colocou a cabeça para funcionar pensando na melhor maneira de jogar contra o Libertad. Existe uma boa possibilidade de ele escalar três zagueiros – com Neguette suspenso, Toninho e João Paulo fariam companhia a Daniel Marques. Assim, o meia Gérson seria sacado e Vinícius Pacheco recuado para atuar na armação ao lado de Dinélson, com Josiel de referência na frente.

"Desta maneira aumentaríamos a altura da nossa defesa para enfrentar um time especialista na bola alta e também teríamos velocidade para atacar. Mas ainda preciso ver em campo se vai funcionar", disse Zetti, que pretende testar a idéia na prática no treino de hoje pela manhã, no Pinheirão.

Pelo que adiantou ontem, o trabalho motivacional que pretende fazer passa pela autocrítica de uma boa apresentação na derrota de 2 a 1 para o Libertad em casa e pela incredulidade geral de que o Tricolor possa avançar às quartas-de-final. "Para quem não está convivendo aqui no clube a tendência acaba sendo de não acreditar mesmo.

Agora, eu acredito, até porque acho que fizemos um primeiro jogo muito bom contra eles e perdemos por circunstâncias", afirmou.

Mesmo sem o início da preparação psicológica específica, os jogadores garantem que até quinta-feira estarão refeitos da decepção, como declarou Daniel Marques: "Ontem até as 4 horas da tarde éramos os melhores e depois não servimos mais? O torcedor muda de opinião como quem muda de roupa, mas de jeito nenhum nós podemos ver desta maneira."