Paraná dá um tempo na Vila Capanema

Após sete anos mandando jogos no Pinheirão, de propriedade da Federação Paranaense de Futebol, a revitalização e ampliação do patrimônio mais querido pela torcida Tricolor – o Estádio Durival Britto e Silva –, em setembro do ano passado, foi a realização de um sonho para os paranistas. Mas estaria esse sonho totalmente realizado?

Mesmo satisfeita com a liberação da Vila Capanema para abrigar os jogos até a segunda fase da Copa Libertadores, a resposta da diretoria do Paraná à questão é direta: "não". Porém trata-se agora de um projeto nada emergencial, a longo prazo.

"Não sabemos ainda quando poderemos começar novas ampliações, só temos a convicção de que precisamos encontrar formas de viabilizar isso financeiramente", diz Márcio Villela, vice-presidente de planejamento do Paraná e presidente da Comissão de Revitalização do estádio.

Quando o dinheiro aparecer, contudo, a construção de um novo setor de arquibancadas na curva sul, junto à Rua Engenheiros Rebouças, deve ser prioridade. É a edificação do tobogã, que capacitaria a Vila a acomodar 25 mil torcedores, sem precisar mexer no gramado. No entanto, a idéia ainda não passa de um anteprojeto.

Portanto, apesar de aparentemente esquecido nas gavetas dos cartolas tricolores, o plano de aumentar ainda mais a capacidade de público do Durival de Britto não foi descartado pela cúpula do Paraná. "A gente sempre quer mais. Por que não sonhar com novos jogos da Copa do Mundo na Vila?", questiona, empolgado, Valdomiro Gaya Neto, vice-presidente de marketing do Paraná ao se referir à Copa que o Brasil deve ser sede em 2014.

De fato, há motivos de sobra para esse entusiasmo, pois a massa paranista já mostrou que a empreitada vale a pena, tanto pelo rendimento do jogadores sob o calor da torcida, como pelo aspecto financeiro. Dos nove jogos na Vila desde a sua reinauguração (sete pelo Brasileiro e dois pelo Paranaense), o Tricolor venceu sete, empatou um e perdeu outro.

E não é só. "Os jogos na Vila aumentaram nossa arrecadação líquida nas partidas em 110%, em comparação com os jogos no Pinheirão", destaca Gaya Neto.