Agente de Murilo e diretoria do Paraná se reúnem nesta sexta-feira
Com contrato até 2011, o lateral-direito Murilo segue sendo o principal nome do Paraná se quiser fazer caixa com a negociação de atletas. Ciente disso, o procurador do ala, Gianfranco Petruzziello, se reunirá com a diretoria paranista nesta sexta-feira para saber quais os planos para o jogador. Assédio o agente confirma que sempre existiu e que há mercado para Murilo, mas tudo vai depender do pensamento da direção do clube. A única coisa é evitar uma indefinição desnecessária, o que poderia abrir espaço para especulações em dezembro.
"Preciso apenas saber qual é a ideia da diretoria. Mercado ele tem, dentro e fora do Brasil. Não temos nenhum interesse em falar nada se a direção, por exemplo, falar que quer mantê-lo e que irá montar um grande time no próximo ano para subir. O Murilo tem contrato e carinho pelo clube, e só quer ter certeza de onde jogará. Se for ficar, ele fará o que sempre fez, honrando a camisa", disse Petruzziello, por telefone.
Os erros de 2009 do Paraná Clube norteiam o trabalho de Aquilino Romani e toda a diretoria eleita neste mês e que toma posse na metade de dezembro. Para evitar um novo "desmanche" para o próximo ano e ver um trabalho que passou a render neste final de temporada ir pelo ralo, o presidente eleito trabalha intensamente na busca de soluções. A primeira vitória foi renovar com o técnico Roberto Cavalo. A próxima é não perder a base atual e se reforçar. Estes dois últimos objetivos dependem de recursos, algo que pode ter novidades ainda nesta semana.
Especulava-se que o clube necessitaria obrigatoriamente de uma ou duas vendas de jogadores do atual plantel para começar a esboçar a possibilidade de manter importantes peças do atual grupo paranista, como o goleiro Zé Carlos, os zagueiros Montoya, Leandro e Luis Henrique, os volantes Adoniran, João Paulo e Luiz Henrique Camargo, os meias Davi e Rafinha, e o atacante Marcelo Toscano. Todavia, o plano da diretoria é outro: sem vendas em 2009 (salvo alguma oferta irrecusável) e a entrada em cena do empresário Renato Trombini.
Capitão do grupo que já está em busca de recursos financeiros para o Paraná, Trombini deve chefiar um novo grupo de investimentos (GI) no Tricolor, o qual deverá inicialmente adquirir porcentagens (entre 10% a 15) de jovens talentos das categorias de base do clube, como os meias Elvis e Bruninho. Essa entrada de dinheiro irá possibilitar o fechamento de salários e outros compromissos tricolores. A ideia tende a ir além, ajudando na negociação de renovações e de outros jogadores, seja do atual elenco, sejam reforços.
"Estamos avaliando todas as possibilidades. Ceder o percentual de atletas da base é um começo, mas as negociações com patrocinadores em potencial estão em andamento. A venda de jogadores nossos do elenco profissional estão descartadas, acho que isso só pode mudar se chegar alguma oferta muito boa. Por enquanto, o investimento do GI é a melhor alternativa, é um ganho futuro e com menor pressão para os atletas", disse Aquilino Romani, por telefone, à Gazeta do Povo.
Ainda nesta semana o Paraná espera receber um reforço de R$ 1 milhão nas suas contas. O aporte de mais recursos nas próximas semanas também pode jogar uma luz sobre as indefinições que envolvem quantias maiores para que jogadores fiquem ou desembarquem na Vila Capanema. Embora o vice-presidente Waldomiro Gayer Neto tenha dito recentemente à Gazeta que uma venda seria necessária para fechar um possível rombo de R$ 3 milhões nas contas, o trabalho do GI é visto de forma otimista pelo novo mandatário tricolor.
Parcerias e LA também em pauta
Outra fonte de investimentos no time paranista para 2010 seguem sendo as parcerias com empresários. Aquilino Romani segue confiante de que haverá um acerto para que a LA Sports siga como parceira do Paraná no próximo ano, mantendo assim o goleiro Zé Carlos e o meia Davi no clube, apesar do assédio seguir intenso pelos dois. "Temos interesse em que eles sigam conosco, o Aramis (Tissot, vice de futebol) já conversou com ele, com o presidente do Avaí e vamos seguir analisando como poderemos manter a parceria e os jogadores".
A empresa de Luiz Alberto Oliveira também pode ajudar na permanência do meia Rafinha, caso o acordo seja mantido com o Tricolor e o São Paulo tente "endurecer" a renovação do meia para 2010. "É uma opção para que compre-se o Rafinha e ele seja mantido aqui, com uma cessão de uma porcentagem ao Paraná. O jogador quer ficar, não quer arriscar ir para algum time da Série A (como o Santo André, time que o sondou) e ser reserva. O Juvenal (Juvêncio, presidente do São Paulo) já avisou que só vai negociar depois do Brasileirão", concluiu.
A diretoria tricolor ainda trabalha para estender parcerias com empresários de outros jogadores do atual elenco. Um exemplo é o procurador de Marcelo Toscano, Roberto Gomes, que já levou ao conhecimento da diretoria o nome de dois possíveis reforços, os quais estão atualmente jogando na Série A e serão posteriormente analisados.
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano
Deixe sua opinião