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O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e o governador Alberto Goldman | Ayrton Vignola/ AE
O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e o governador Alberto Goldman| Foto: Ayrton Vignola/ AE

São Paulo

Goldman descarta Pirituba

O governador do estado de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), descartou ontem a possibilidade de utilizar o Piritubão como estádio da capital paulista na Copa de 2014. "A questão de Pirituba é algo absolutamente fora de cogitação. Nós não temos condições de estabelecer uma data em que um empreendimento daquele possa ser colocado de pé", falou ele. "Que São Paulo faça todos os investimentos que tenha que fazer e que possam ser permanentes, que possam servir ao conjunto da população, não que sejam de um dia ou um mês. Pirituba está fora de cogitação."

Goldman disse que não desistiu da ideia de que São Paulo receba a abertura do Mundial e afirmou que ainda vai insistir na possibilidade de utilizar o Morumbi, que foi descartado pela CBF no mês passado por falta de garantias. Outras opções são a futura Arena Palestra Itália e o Pacaembu. "O Pacaembu é difícil, pois se trata de um patrimônio tombado, necessita de investimentos grandes e a Prefeitura não tem recursos para isso. Poderia ser estudado o Palestra Itália, que nunca chegou a ser analisado para a abertura", finalizou. Ontem, representantes da CBF, do Comitê Paulista, da prefeitura e do governo paulista se reuniram no Palácio dos Bandeirantes.

Tem mais gente de olho na definição do BNDES sobre o financiamento da Arena para a Copa do Mundo de 2014. Além do governo do estado, da prefeitura e do Atlético – os três envolvidos na conclusão do estádio –, Coritiba e Paraná também aguardam o desfecho da negociação. E os dois garantem: irão reivindicar os mesmos benefícios que forem concedidos ao rival.

A confirmação do financiamento depende de um sim do BNDES em aceitar como garantia os títulos de potencial construtivo que seriam cedidos pela prefeitura ao Furacão – cerca de R$ 110 milhões devem ser investidos.

"Prefiro esperar para comentar. Mas o princípio de isonomia será executado em todas as suas instâncias. Essa é uma posição do Coritiba Foot Ball Club. Tudo o que for dado ao Atlético, eu acho que não só o Coritiba, mas todos os clubes devem requerer o mesmo", diz Vilson Ribeiro de Andrade, vice-presidente do Alviverde.

Na Vila Capanema, a mesma intenção. "Quando for tudo definido, nós vamos sentar com as pessoas da área e conversar. Por enquanto, ainda é cedo para falar alguma coisa. Agora, se for investido dinheiro público em estádio particular, o Paraná vai brigar por isso", afirma Aquilino Romani, presidente do Tricolor.

Para o dirigente, o ideal seria a construção de uma praça esportiva municipal. "Continuamos com a posição de que cidades grandes, como Manaus, Cuiabá e Fortaleza, vão ter investimento altíssimo de dinheiro público. Não sei onde está nosso governo, prefeitura, assembleia, porque não trabalhamos para ter um estádio da Federação Paranaense de Futebol", comenta Romani.

Recentemente, enquanto a questão da Copa se desenvolvia, Coritiba e Paraná se uniram para erguer juntos uma nova arena. O custo estimado era de R$ 300 milhões e a área do Pinheirão seria utilizada. Possibilidade que, para o Coxa, está descartada. "Nem Coritiba, nem Paraná têm condições de fazer um estádio. Nem o Atlético. Havia um investidor interessado. Os investidores não apareceram e o clubes não têm o que fazer", revela Andrade.

Mesmo assim, antes do jogo entre Atlético e Santos, na sala de imprensa da Arena, o governador Orlando Pessuti deixou em aberto a possibilidade da Arena Paratiba. "Se o Rio Grande do Sul vai ter duas arenas, para Inter e Grêmio, porque não podemos?", falou à Rádio Transamérica, citando também a construção de um ginásio poliesportivo.

Em relação ao estádio atleticano, o governador disse que pretende ter uma solução no início de agosto. "Vamos conversar com o presidente do BNDES esperando que o potencial construtivo seja aceito como garantia", afirmou.

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Interatividade

O poder público local tem como contemplar todos os clubes de forma harmônica na questão da Copa 2014?

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