Paraná e Rio protagonizam restrito torneio contra a degola

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Coritiba, Atlético, Botafogo e Flu­­minense. Se nada absolutamente improvável ocorrer nas duas rodadas finais do Brasileiro, uma dessas quatro tradicionais equipes cairá para a Série B. Qual? É a pergunta que deve continuar sem resposta provavelmente até a última rodada. Se os números friamente apontam seus favoritos, dentro de campo, e com uma análise mais apurada das partidas recentes, tudo volta à estaca zero.

O site Infobola, do matemático Tris­tão Garcia, considera maiores as possibilidades de uma equipe ca­­­rioca cair. Baseado em referenciais de toda a competição, um pro­­grama de computador utilizado para fazer as estatísticas coloca o Tricolor das Laranjeiras com 54% de risco, o Alvinegro com 20%, o Coxa 16% e o Furacão12%.

Desconsiderando as estatísticas, imagine o Fluminense, que venceu seus últimos oitos jogos, também triunfando contra o Vitó­ria, no Maracanã. O time de Cuca só não chegará com a vantagem do empate, no Couto Pereira, se o Coritiba obtiver pelo menos uma igualdade no Mineirão, contra o Cruzeiro.

Pelo lado do Rubro-Negro, a matemática também pode virar pó. O clube, que já teve dez pontos de vantagem para a ZR há sete rodadas, agora tem apenas dois. O 1% de perigo atribuído aos atleticanos na época já aumentou, e se a equipe de Antônio Lopes não bater o Botafogo, a situação deve piorar ainda mais.

Hipóteses suficientemente plausíveis para se desconsiderar qualquer previsão antecipada e, também, para fazer os dois representantes paranaenses ficarem com o sinal de alerta ligado.

Na Baixada, até uma agenda positiva para a semana decisiva do jogo com o Fogo foi criada. A cartilha entregue a jogadores e funcionários do Rubro-Negro tem seis itens. Basicamente, uma tentativa de evitar influências externas que possam prejudicar o rendimento do time. A ideia é deixar assuntos que não digam respeito à decisão frente aos cariocas para depois.

"Até domingo após o jogo estão proibidos temas como negociações e renovações", disse o diretor de futebol Ocimar Bolicenho.

No Alto da Glória, embora não exista uma cartilha, o diretor de futebol João Carlos Vialle já deu entrevista após a derrota na Vila Belmiro pedindo mudanças na postura do time para o jogo em Minas Gerais. A intenção é conseguir pelo menos um ponto para chegar à partida final com vantagem contra o Flu.

"Temos de ter cautela. Tentar trazer, na pior das hipóteses, um ponto. Existe momento em que tem de mudar a filosofia", afirmou o dirigente.