Ainda não dá para precisar qual será o principal adversário do Paraná Clube na partida desta terça-feira, às 19h (horário de Brasília) contra o Real Potosí, na Bolívia. A altitude, o adversário ou a própria ansiedade. O jogo, válido pela Copa Libertadores da América, pode render ao Tricolor paranaense a vaga na próxima fase que seria tão inédita quando a classificação do time para o torneio. Para que isso aconteça o Paraná precisa apenas de um empate.
O grande desafio paranista deve ser mesmo a vitória sobre as condições quase desumanas de se disputar uma partida de futebol a quase 4.000 metros de altitude. Para driblar a adversidade, o técnico Zetti usou toda a sua experiência em enfrentar este problema e, junto com a diretoria, bolou um sistema elaborado para diminuir os prejuízos aos atletas.
Inicialmente o time foi para Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, que tem uma baixa altitude. Nesta terça os jogadores foram de avião para Sucre, a 2.800 metros, e só vão para Potosí três horas antes do jogo. Com essa estratégia acompanhada de perto pelo cardiologista Augusto Franco de Oliveira - o time tenta amenizar o impacto que o ar seco e rarefeito causa nos jogadores que não estão acostumados a desempenhar suas funções nestas condições.
O segredo, segundo os próprios jogadores, é pensar apenas no jogo em si, durante os 90 minutos. "Sempre penso positivo. Se no lado psicológico você cansar por antecipação, isso vai acabar te atrapalhando um pouco na hora do jogo", disse o volante Goiano, que vai atuar improvisado pelo lado direito do campo, no lugar de André Luiz. "Não posso dizer como é ou até como vai ser. Vamos ter que vivenciar e presenciar tudo para comentar sobre as dificuldades", explicou o zagueiro Daniel Marques.
No setor defensivo, o técnico Zetti deve manter Marques ao lado de João Paulo e Toninho no sistema 3-6-1, com Goiano pela direita e Egídio pela esquerda. O zagueiro Toninho, que desde que estreou vem fazendo boas partidas, é presença garantida no lugar de Neguette. No ataque, Josiel também fica de fora e apenas Henrique deve atuar por aquele setor, tendo o apoio determinante de Dinelson. Vinicius Pacheco está de sobreaviso para ser utilizar no ataque paranista.
Totalmente recuperado de dores nos tornozelos, Dinelson, o melhor jogador paranista, retorna ao time para este jogo. "Estou completamente recuperado e pronto para ajudar o Paraná neste jogo, que será muito complicado. Temos que fazer a bola rolar para não nos desgastarmos. Nosso momento é maravilhoso, voltamos a jogar bem e isso será um motivo a mais para termos um bom desempenho na Bolívia. O objetivo maior é garantirmos a classificação aqui", explica.
Potosí
O Real Potosí vem embalado para o jogo contra o Paraná. O time boliviano goleou o Bolívar por 6 a 2 no último fim de semana pelo campeonato local. A confiança se torna justa de considerarmos que o Potosí está há 33 jogos sem perder em seu estádio. A última derrota, segundo o site GloboEsporte.com, foi no dia 3 de julho de 2005 por 3 a 1 para o La Paz. Na segunda rodada da Libertadores 2007, em Curitiba, o Tricolor paranaense venceu o time boliviano por 2 a 0.
Real Potosí x Paraná 10/04/2007, às 19h (horário de Brasília)
Local: Estádio Mario Mercado Vaca Guzmán, em Potosí-BOL Árbitro: Ricardo Grance (PAR) Auxiliares: Manuel Bernal (PAR) e Oscar Viera (PAR)
Potosí - Burtovoy, Gatty Ribeiro, Eguino, Paz e Ignácio León; Colque, Calustro, Suárez e Brandan; Peña e Edu Monteiro. Técnico: Mauricio Soria
Paraná - Fávio, João Paulo, Toninho e Daniel Marques; Goiano, Beto, Xaves, Gerson, Dinelson e Egídio; Henrique. Técnico: Zetti.
* Com transmissão Ao Vivo pelo canal SporTV e acompanhamento Lance a Lance pela Gazeta do Povo Online
Lula arranca uma surpreendente concessão dos militares
Polêmicas com Janja vão além do constrangimento e viram problema real para o governo
Cid Gomes vê “acúmulo de poder” no PT do Ceará e sinaliza racha com governador
Lista de indiciados da PF: Bolsonaro e Braga Netto nas mãos de Alexandre de Moraes; acompanhe o Sem Rodeios
Deixe sua opinião