O jogo
O Avaí foi efetivo na marcação e frustrou as chances de gol do Paraná. Com passe de Cleber Santana, o time catarinense abriu o placar com Diogo Acosta. O Tricolor empatou com Nilson e voltou a reclamar da arbitragem, pois queria a marcação de pênalti em Alex Alves.
Violência
Um confronto entre torcedores de Paraná e Avaí foi registrado antes do jogo entre as duas equipes, ontem, na Vila Capanema. De acordo com informações do capitão Denkewski, da Polícia Militar do Paraná, um policial e um torcedor do time catarinense ficaram feridos no rosto depois que torcedores do Paraná atiraram pedras e bombas na chegada da torcida visitante. Os policiais usaram balas de borracha para conter o tumulto.
Antes do jogo na Vila Capanema, um confronto entre torcedores de Paraná e Avaí, com intervenção da Polícia Militar (leia mais nesta página), serviu como presságio de que a noite não seria tranquila. Disposto a manter os 64 dias de invencibilidade em casa, o Tricolor saiu perdendo, reagiu, mas, com o 1 a 1, acabou permanecendo no limbo da tabela da Série B.
Uma bola no travessão do meia Geraldo, aos 40 minutos do segundo tempo, por muito pouco não ampliou a sequência de cinco vitórias consecutivas em seus domínios, interrompida pelo empate.
Outro lance, este polêmico, também poderia ter mudado o rumo da partida. Nos minutos finais, o zagueiro Alex Alves, pressionado pelo adversário, caiu na área, mas o lance foi considerado normal pelo árbitro goiano Cléber Vaz da Silva. "Eu não vou falar porque não sou chorão, não faz meu tipo. O que eu falar não vai fazer diferença", protestou o técnico Ricardinho. "Eu não ia cair à toa", justificou Alves. Mais uma vez o apito deixou insatisfeitos os tricolores.
Reconhecendo a força do Paraná em casa, o Avaí fez uma marcação firme, no campo de defesa do adversário. Fator que complicou as conhecidas saídas em contra-ataque do Tricolor. A postura do visitante fez com que o time da Vila Capanema repensasse a estratégia.
A movimentação dos meias deixou de ser simples tática para virar necessidade. Pelas pontas, Fernandinho e Paulo Henrique deram velocidade à equipe e Ricardo Conceição comandou o meio de campo. "O Ricardinho nos pediu essa mobilidade, para a gente conseguir sair da forte marcação deles", destacou o atacante Nilson, que entrou no segundo tempo no lugar de Wendel e marcou o gol de empate.
A defesa, que não sabia o que era levar gol há quatro partidas como mandante, voltou a ser surpreendida. O revés veio justamente na arma que mais gosta de usar: o contragolpe. Na saída rápida, a trama de ataque do Avaí passou pelos pés de Cleber Santana e encontrou as redes depois que Diogo Acosta percebeu a saída do goleiro Luís Carlos. "Não houve falha na defesa porque foi um lance rápido", destacou Alex Alves.
A forma de jogar do time de Florianópolis obrigou a equipe paranista a ousar. Avançados, os volantes conceberam o gol de igualdade. Pela esquerda, Ricardo Conceição, de volta ao time titular, iniciou a jogada, que passou por Lúcio Flávio e chegou para Nilson empatar e dar um alívio à torcida. Não foi suficiente para impedir a equipe de perder mais pontos em casa com estes, já foram sete. "Faltou a gente acreditar um pouco mais na vitória", lamentou o treinador.
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