Vitória nos acréscimos
O Paraná pagou o Gama na mesma moeda que recebeu no 1º turno: assegurou a vitória fora de casa no finalzinho do jogo. O time candango havia vencido Tricolor por 2 a 1 na Vila (5/8), marcando o segundo gol aos 41 minutos do segundo tempo. Ontem, a vitória tricolor veio aos 48 da etapa final, com o gol do zagueiro Fabrício, em cobrança de pênalti que ele mesmo sofreu.
O jogo começou em alta velocidade e um bombardeio de chutes de fora da área, exigindo grandes defesas dos goleiros. Mas era noite dos zagueiros. Além de Fabrício, o capitão Leandro abriu o placar aos 19 minutos do 2º tempo, depois de um bate-rebate na pequena área. O Tricolor nem vibrou direito. Pedro Paulo, defensor do Gama, converteu o pênalti que Agenor cometeu em Edimar, três minutos depois. (AB)
Finalmente o Paraná pôde sentir o alívio que vinha buscando há rodadas. Com a vitória por 2 a1 sobre o Gama, ontem à noite, o Tricolor chegou aos 43 pontos e está muito próximo de livrar-se do rebaixamento. O time ainda tem três partidas duas delas em seus domínios para somar três pontos que o garantem na Série B de 2009.
"Estávamos na UTI, saímos, estávamos na fase de tomar uma sopinha. Com essa vitória, recebemos alta para ir para casa", brincou o auxiliar técnico André Chita, ao comemorar a atual situação do time, que ocupa a 13.ª posição na tabela.
Mas, assim como vem acontecendo desde o início do Campeonato, as coisas não foram fáceis para o Tricolor ontem no Estádio Mané Garrincha. O gol da vitória só saiu aos 48 minutos do segundo tempo, nos pés do zagueiro Fabrício. "Tive tranqüilidade para segurar a bola e forçar o pênalti. Consegui ser feliz, apesar dos contratempos do jogo", afirmou o jogador.
E os "contratempos" a que Fabrício se referiu não foram poucos. A começar pelo atraso de 25 minutos no início do jogo, por causa da forte chuva em Brasília. A situação foi, no mínimo, inusitada, a pensar que a região do Planalto Central costuma ser uma das mais secas do país. E também porque o motivo do atraso não foi um gramado enchacardo, mas sim o desaparecimento (devido à enxurrada) das linhas do campo, que tiveram de ser pintadas às pressas.
Outro contratempo foi o empate do Gama três minutos depois de o Paraná chegar ao primeiro gol.
A isso, seguiu-se mais um revés: a expulsão do volante Pituca, aos 24 minutos da etapa final, o que levou o técnico Paulo Comelli achar que o empate seria um bom resultado. "A gente colocou o Luciano (zagueiro, no lugar do atacante Ricardinho) para fechar o jogo. O Gama era um concorrente direto, assim eles não somavam três pontos e a gente levava um", disse.
Só que o Paraná deixou Curi-tiba dois dias antes do jogo com um esquema motivacional para garantir a vitória sobre o time candango: a comissão técnica exibiu antes da partida um vídeo com os funcionários do clube, destacando a responsabilidade que os jogadores têm em manter o clube na Série B. "Para o faxineiro, para quem cuida do gramado, o clube é sua forma de sobrevivência", disse Comelli. O treinador também contou sobre o pacto que comissão técnica e atletas fizeram. "É se doar 24 horas ao Paraná. É hora de esquecer filho, mulher, pai, mãe para garantir nosso objetivo. Não saímos do rebaixamento, mas vamos sair", afirmou.
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Em Brasília
Gama
André Zandoná; Edylton, Pedro Paulo, João Paulo e Rodrigo Ninja; André Silva (Lucas Silva), Júlio Cesar, Edimar e Thiaguinho; Dendel (Alisson) e Adriano Magrão. Técnico: Jean Cláudio.
Paraná
Mauro; Murilo, Leandro, Fabrício e Rogerinho; Agenor, Pituca, Kléber e Giuliano (Vágner); Ricardinho (Luciano) e Rodrigo Pimpão (Éder). Técnico: Paulo Comelli.
Estádio: Mané Garrincha.Árbitro: André Luiz de Freitas Castro (GO). Gols: Leandro (P) aos 19/2º; Pedro Paulo (G) aos 22/2º; Fabrício (P) aos 48/2º.Amarelos: Adriano Magrão, João Paulo e Júlio Cesar, Dendel (G); Leandro, Rogerinho, Pituca, Rodrigo Pimpão, Agenor, Mauro (P). Vermelho: Pituca (P) aos 24/2º; Júlio Cesar (G) aos 48/2º Renda: R$ 754,00. Público: 118.