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Tapetão

O julgamento que pode recolocar o Paraná na Primeira Divisão do Campeonato Paranaense vai ser realizado hoje, às 19 horas, no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), em Curitiba. O Tricolor se considerou parte do processo e pediu a revisão no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no Rio de Janeiro, que mandou a instância estadual refazer o julgamento que havia absolvido o Rio Branco no caso da escalação irregular do jogador Adriano em seis partidas do Estadual. Estão em jogo 22 pontos do Leão da Estradinha – os três em disputa em cada partida e mais os quatro ganhos nesses jogos. Se a decisão for diferente da primeira, o time parnanguara será rebaixado no lugar do Tricolor.

As contusões, um dos principais adversários do Paraná nesta Série B, tem jogado duro e atrapalhado muito o time. As diversas baixas de jo­­­gadores contribuem para as inúmeras mudanças na equipe ao lon­­go deste campeonato. Dos atuais 33 jogadores do elenco, apenas 13 não visitaram o departamento mé­­­dico desde o início da competição.

Para tentar minimizar as contusões, principalmente as que ocorrem por problemas musculares, o Paraná contratou nesta semana um novo preparador físico. Darlan Schneider, campeão mundial com a seleção brasileira em 2002 – era auxiliar do preparador Paulo Paixão –, assumiu a função no lugar de Marcos Walczak.

Schneider diz que o número de lesões preocupa. "Pegamos um grupo com vários jogadores lesionados. Muitos saindo agora do departamento médico. Alguns tiveram pouco tempo de recondicionamento e já precisaram jogar. Isso tudo acaba afetando o rendimento", afirmou.

Atualmente, sete jogadores estão afastados. O caso mais em­­blemático é o do meia Welington, que passou a conviver diariamente com dores no púbis. Fora do time, ele passou a fazer fisioterapia para aliviar a dor. Mesmo com o tratamento, as dores aumentaram e o atleta teve de se submeter a uma cirurgia há uma semana. "Chegou uma ho­­ra que eu não tinha força para arrancar, correr, me mo­­vi­­mentar. Vi que estava passando dos meus limites, porque a dor já tinha chegado até aos [músculos] adutores da per­­na. Fiz uma ressonância e vi que a lesão tinha piorado", contou. O meia, contudo, disse que não foi obrigado a entrar em campo. "A pressão de jogar era minha".

Situação parecida com a do zagueiro Cris. Por causa dos resultados ruins, ele tentou antecipar a volta e sentiu novamente dores na panturrilha. "Es­­tava em uma fase boa e pedi para antecipar. Fui fazer um trabalho físico na semana do jogo [com o Goiás] e senti de no­­vo. Acabei ficando mais uma semana fora", comentou.

Segundo o fisiologista do clube, André Fornasiero, po­­rém, o número de contusões do grupo está dentro do normal. "Em média 10% do nosso plantel sempre está no departamento médico. Isso é estatística mundial, e o Paraná não foge disso", garantiu.

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