A diretoria do Paraná oficializou ontem que a partida contra o Corinthians, dia 14 de maio, será no Willie Davids, em Maringá. Repetindo o que ocorreu no ano passado, a venda de jogos para outras cidades pode não parar por aí. Nem o retorno à Vila Capanema é garantia total para não sair de Curitiba.
Em 2005, o Tricolor "recebeu" os quatro grandes paulistas na Cidade Canção e o Internacional em Cascavel. Tudo em troca de vantajosas cotas fixas que evitaram problemas financeiros durante a temporada.
Entretanto, a casa cheia rendeu apenas apoio para Palmeiras, Santos, São Paulo e Corinthians no Norte e ao Colorado no Oeste do estado. Em 15 pontos possíveis diante desses rivais, apenas quatro foram conquistados.
Agora, apesar do embalo com o título estadual e a volta para o Durival Britto (todos os 56 camarotes e 10% das 315 cadeiras do estádio já foram negociados), a torcida terá novamente de viajar para ver o time.
"Não há intenção de vender mais jogos depois que voltarmos à Vila. Mas vai depender da resposta da torcida. Se não tivermos uma boa média de público teremos de estudar o caso", admitiu o presidente José Carlos de Miranda, reproduzindo o discurso de 2005, quando a responsabilidade de manter os jogos em Curitiba também foi repassada à torcida.
Agora, especula-se que a prefeitura de Cascavel estaria interessada nos compromissos contra Grêmio e Internacional e Joinville gostaria de receber o jogo diante do Flamengo.
A teoria do dirigente tricolor foi confirmada pelo presidente da empresa Gallo Maringá. Marcos Falleiro reconheceu que a negociação de mais partidas só não ocorre por causa da reinauguração da Vila.
"Estamos negociando com clubes de outros estados. Mas com o Paraná por enquanto é só contra o Corinthians", confirmou.
Para enfrentar o Timão longe do seu torcedor, o clube vai receber adiantado um valor que não foi revelado, mas se aproximaria de R$ 300 mil em 2005 foram R$ 180 mil por cada duelo no interior. Na final do Paranaense contra a Adap, a renda líquida foi de R$ 211 mil.
"Não posso dizer quanto é, mas a proposta é excelente. Jamais conseguiríamos essa renda atuando no Pinheirão ou no Couto Pereira", avisou Miranda.
A cúpula paranista conseguiu ainda outra fonte de lucro durante o Brasileirão. Também repetindo a temporada passada, a multinacional Nestlé comprou cinco jogos e pagará R$ 62,5 mil por cada partida os adversários desses duelos só serão divulgados pela empresa amanhã, em São Paulo.
Porém já se sabe que os adversários nesses casos não terão grande apelo popular em Curitiba como São Caetano, Figueirense e Juventude, por exemplo e pelo menos não é preciso a equipe viajar para receber tal valor.
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