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Para não pagar para jogar, o Paraná pode repetir a criticada fórmula adotada no ano passado: vender jogos do Brasileiro para outras cidades. O Tricolor já foi procurado por municípios interessados, iniciou conversas informais, mas promete só fechar o acordo depois de observar a resposta da torcida ao retorno à Vila Capanema. Pelos cálculos da diretoria, será necessário levar pelo menos 10 mil pessoas por partida no reformado Durival Britto para que as finanças não entrem no vermelho. Em 2005, os cinco confrontos em "campo neutro" renderam ao clube cerca de R$ 600 mil.

"Com 10 mil torcedores por jogo, ficamos no zero", comentou o presidente José Carlos de Miranda.

No ano passado, o mesmo discurso foi empregado para não vender a partida contra o Internacional para Cascavel mesmo depois de o duelo já ter sido negociado.

Entre os locais dispostos a adotar compromissos do Paraná no Nacional estão novamente Maringá e Cascavel – ambos receberam juntos cinco duelos importantes da equipe curitibana em 2005. Joinville também faz parte da lista. Paranaguá é outra cidade que, de acordo com o presidente, estaria flertando com o Tricolor. O presidente da Fundesportes – Fundação Municipal de Esportes de Paranaguá – Oriel Schneider, porém, negou a aproximação.

Marcos Faleiro, empresário responsável por levar os confrontos com Palmeiras, Corinthians, São Paulo e Santos para Maringá no ano passado, admitiu que pretende reprisar a iniciativa. Ele revelou que quatro ou cinco partidas devem ser disputadas no Willie Davids, mas o Paraná seria apenas uma das opções.

"Temos propostas de equipes do país inteiro", declarou, ressaltando que as conversas estão em fase embrionária.

Cenário parecido é apontado por Sérgio Santos, presidente do Cascavel. Ele confirmou o início das tratativas com o Paraná para levar Internacional e Grêmio para o Olímpico Regional. "Mas nem discutimos valores ainda", destacou. Na cidade catarinense, ninguém foi encontrado para comentar o caso. A prioridade seria para receber duelos contra times cariocas.

A prática de vender mando de campo mostrou-se boa financeiramente na temporada passada. Tecnicamente, porém, a perda foi considerável. Sempre com a torcida adversária em maior número, o Tricolor contabilizou apenas 4 dos 15 pontos disputados. Para este ano, um novo argumento contra é a reforma da Vila Capanema, que, com a venda dos jogos, não receberia as partidas de maior apelo do clube no Brasileiro.

"Se a torcida comparecer, não vamos vender. Mas temos necessidades financeiras", resumiu. O dirigente ainda falou que só aceita negociar se a proposta for satisfatória. Para terminar, confidenciou que não acredita que as cidades tenham condições de pagar o que o Tricolor quer.

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