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Bastou um jogo para que evaporassem as dúvidas criadas na cabeça dos torcedores tricolores após a má apresentação no empate com o Flamengo. Ontem, o Paraná voltou a ser equilibrado e venceu o Cruzeiro por 1 a 0, no Mineirão. Além de provar que a partida anterior foi uma exceção na excelente campanha, o resultado recolocou o time no terceiro lugar do Brasileiro, na zona de classificação para a Libertadores.

O esquema com três zagueiros e três volantes, que não havia dado certo contra o limitado Flamengo, funcionou muito bem diante da Raposa. No Rio de Janeiro, o adversário teve espaço para trabalhar a bola. Já o Cruzeiro, apesar de ser superior tecnicamente aos cariocas, mal pôde respirar em campo.

Contra o melhor ataque do campeonato até o início da rodada, a defesa paranista mostrou novamente porque é a mais eficiente da Série A. Como não foi vazado em Belo Horizonte, o Tricolor passou a ser a única equipe com média menor do que um gol tomado por partida (19 em 20 rodadas). Também tem o melhor saldo de gols (12) e é o time que menos perdeu na competição (5 vezes).

Os números explicam porque, ao contrário do que muitos esperavam, o Paraná venceu a Raposa com certa tranqüilidade, sem levar sustos. O artilheiro cruzeirense Fred teve apenas uma boa chance no primeiro tempo, logo a um minuto, e parou no goleiro Flávio. Depois disso, tanto ele como os ex-atleticanos Adriano Gabirú e Kelly foram anulados pela forte marcação paranaense.

O time do técnico Lori Sandri seguiu com exatidão a cartilha de quem joga fora de casa. A prioridade era barrar os avanços do adversário para depois aproveitar os espaços e atacar apenas "na boa". Numa dessas saídas veio o gol da vitória. Aos 41 minutos, o zagueiro Aderaldo se redimiu da chance incrível que havia perdido momentos antes completando de cabeça para o fundo da rede uma cobrança de escanteio.

No segundo tempo, com o atacante Diego no lugar do lateral Patrick, o Cruzeiro partiu para cima. Até seu sistema defensivo se adaptar à nova postura tática do adversário, o Paraná chegou a ser pressionado.

Porém, quando encaixou novamente a marcação, o time da Vila voltou a ser soberano. Poderia até ter aumentado a vantagem nos contra-ataques. Mas nem precisou. O 1 a 0 serviu muito bem para corrigir o desvio de rota da partida anterior.

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