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O gol marcado por Vágner Marcelino, do Paranavaí, aos 21 minutos do segundo tempo, acendeu o sinal de alerta no Paraná. Depois de mostrar novamente um futebol instável e de apenas empatar por 1 a 1, no Pinheirão, a equipe se complicou na competição. Fez ainda renascer na torcida, que mostrou toda sua revolta após o apito final de Vágner Vicentin, a lembrança dos fiascos promovidos pelo Tricolor nos três estaduais anteriores. Desde 2003, se manteve mais na briga contra o rebaixamento do que pelo título.

O temor paranista de viver novamente o drama da eliminação precoce é reforçado pela combinação classificação e tabela. Além de ocupar a modesta quinta colocação no grupo A do Paranaense, o time terá pela frente uma seqüência difícil de jogos longe de casa. O primeiro adversário será a Adap, único clube com 100% de aproveitamento no torneio. Depois, a dupla de lanternas Toledo e Roma, ambos precisando de pontos para escapar do rebaixamento.

Em cinco partidas, o Paraná venceu apenas uma, somando insatisfatórios seis pontos. No topo da tabela, a Adap já obteve 12 pontos e ainda enfrenta o União Bandeirante, hoje, no complemento da rodada, podendo se distanciar ainda mais do Tricolor. Londrina (nove pontos), Paranavaí e União (sete pontos) também estão à frente do time da Vila Capanema.

O panorama se encaminhava para ser bem melhor para o time no primeiro tempo. Apesar de encontrar dificuldades no aspecto ofensivo, o Paraná dominou o Vermelhinho o tempo todo. Logo aos 14 minutos, depois de uma falha do goleiro Márcio Vieira – um dos melhores jogadores do confronto – a bola foi alçada na área e o zagueiro Vágner Andrade tirou com a mão. O pênalti foi bem cobrado por Leonardo, que colocou os donos da casa em vantagem no placar.

Sem muita criatividade, o Paraná dependeu muito dos lances individuais, especialmente de Maicosuel e Sandro, para tentar, em vão, chegar à meta do Paranavaí. A primeira metade do duelo, muito truncada pelo excessivo número de faltas, teve somente dois chutes a gol do visitante interiorano.

Já no segundo tempo, o Tricolor procurou mais o ataque. Parecia melhor quando vacilou e permitiu o empate. Vágner Marcelino fuzilou Flávio, de dentro da área, e garantiu o bom resultado para o Paranavaí.

Após a partida, a torcida fez muito barulho no Pinheirão, cobrando a diretoria, jogadores e o técnico Barbieri. "Não é a primeira vez que isso acontece, mas dou razão a eles. O plantel está à altura do Paraná, só não está rendendo ainda. Essa cobrança deve mostrar também aos atletas que estão num clube de massa. Tomara que seja uma boa lição", comentou o presidente paranista José Carlos de Miranda.

Paraná 1 x Paranavaí

Estádio: Pinheirão. Árbitro: Vágner Vicentin. Gols: Leonardo (P), de pênalti, aos 14’ do 1.º tempo; Vágner Marcelino (ACP), aos 21’ do 2.º tempo. Amarelos: Neguette, Parral e Maicosuel (P); André Góes, Vítor, Daniel Gil, Vágner Marcelino, Tanaka e Ethiê (ACP). Vermelhos: Sandro (P); Vágner Andrade (ACP).

Paraná - Flávio; Gustavo, João Paulo (Élton) e Neguette; Parral, Mussamba, Maicosuel, Sandro e Rodrigo Alvim; Éder e Leonardo (Vandinho). Técnico: Luís Carlos Barbieri.

Paranavaí - Márcio Vieira; Vítor, Vágner Andrade, Sandro e Daniel Gil; Vágner Marcelino, André Góes, Tanaka (Mauro) e Ethiê (Rafael); Cahê e Thiago (Gilcimar). Técnico: Célio Silva.

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