Maringá O São Paulo aproveitou bem a gentileza de jogar no Estádio Willie Davis a 450 quilômetros de Curitiba, a verdadeira casa do adversário. Com o apoio de 15 mil torcedores, o campeão da Libertadores desbancou a pose do Paraná, venceu por 4 a 0 e deixou a zona de rebaixamento.
Com o tropeço, o time do técnico Lori Sandri deixa o grupo da Libertadores após quatro rodadas consecutivas (cinco no total) na comissão de frente do Brasileiro. Em sexto lugar, tenta agora a reabilitação no dia 7 de setembro, contra o Juventude, em Caxias do Sul.
O tropeço sob os gritos de "olé" reforçou ainda mais a falta de afinidade do clube com Maringá. Em três jogos na Cidade Canção, o Tricolor só obteve um ponto (no empate com o Santos). Além da derrota de ontem, já havia perdido para o Corinthians. Saldo: um aproveitamento de 11% no interior do estado.
Para completar o desastre, a falta de empatia acarretou na quebra de uma invencibilidade que durava dez partidas marca histórica na Vila Capanema.
O duelo frente aos são-paulinos conseguiu também abalar os dois principais alicerces do Tricolor: a defesa, que pela primeira vez amarga o preço de uma goleada; e Borges, sem marcar desde a vitória por 2 a 1 contra o Botafogo (dia 3 de agosto) cinco partidas em branco.
No roteiro desse confronto, deve-se destacar a lógica defensiva de Lori Sandri. Sem ousadia, o treinador viu o esquema 361 desmoronar com o talento de Cicinho (o melhor em campo) e a eficiência de Rogério Ceni.
Foi justamente o goleiro-artilheiro o estopim da queda paranaense. Em cobrança de falta, ele chegou a escorregar antes de superar Darci (31). O gol incendiou o público e desarticulou os supostos donos da casa.
Diante de um incentivo que o São Paulo não tinha desde o título continental, o segundo revés do Paraná não tardou. Aproveitando o cruzamento de Cicinho, Lugano entrou livre de cabeça para ampliar (36).
Junto à etapa final veio também o desespero de quem perdia. Livre de marcação, o lateral-direito são-paulino (sempre ele) arrancou em velocidade pela direita e rolou rasteiro para Amoroso, que só teve o trabalho de balançar as redes (7).
Em tarde pouco inspirada, o zagueiro Aderaldo fechou o placar marcando contra. Após novo levantamento do camisa 2, o zagueiro tentou cortar a trajetória da bola e sacramentou o tropeço (29).
O Paraná, por R$ 150 mil pré-acertados, volta a jogar em Maringá diante do Palmeiras, pela 25.ª rodada, dia 11/9.
Em Maringá
Paraná 0 x 4 São Paulo
ParanáDarci; Marcos, Aderaldo e Daniel Marques; Neto, Rafael Mussamba, Mário César (Xaves), Maicosuel (Tiago Neves) e Vicente; Borges e Flávio Alex (Akai). Técnico: Lori Sandri.
São PauloRogério Ceni; Edcarlos, Lugano e Renan; Cicinho (Alê), Josué, Mineiro, Danilo (Souza) e Richarlysson; Amoroso (Diego Tardelli) e Christian. Técnico: Paulo Autuori.
Estádio: Willie Davids. Árbitro: Leonardo Gaciba (RS).Gols: Rogério Ceni (SP), aos 31, e Lugano (SP), aos 36 do 1.º; Amoroso (SP), aos 7, e Aderaldo (contra), aos 30 do 2.º. Amarelos: Aderaldo e Akai (Paraná); Cicinho, Lugano e Josué (São Paulo).
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