Potosí Jogando a 4.070 metros de altitude, o Paraná não foi páreo para o Real Potosí. Ao levar de 3 a 1 dos donos da casa ontem à noite, conheceu sua terceira derrota consecutiva na Libertadores, complicando uma classificação que parecia fácil ao vencer duas vezes logo de cara no Grupo 5.
Com o resultado, o time da Bolívia tomou a segunda posição do Tricolor. Agora as duas equipes estão com seis pontos e empatadas também no saldo de gols, mas os potosinos levam vantagem por terem marcado oito vezes no torneio, contra sete do adversário direto.
Na teoria, porém, o Paraná tem vida mais fácil nos jogos decisivos. Encara o já eliminado Unión Maracaibo, na Vila Capanema, enquanto os bolivianos terão de ir até o Maracanã enfrentar o líder Flamengo.
O problema é que, mesmo garantindo a vaga, o representante paranaense corre sérios riscos de ser o de pior campanha entre os 16 classificados. Hoje isso representaria enfrentar nas oitavas-de-final o Santos, que com 100% de aproveitamento vem mantendo uma trajetória impecável e a liderança geral.
É inegável que os problemas trazidos pelo ar rarefeito com cerca de 60% do oxigênio encontrado ao nível do mar atrapalharam o Tricolor no jogo de ontem. Para complicar, o gramado foi deixado muito alto para cansar ainda mais os visitantes.
Mas também cabe lembrar que, com todas a adversidades, o Rubro-Negro carioca e até o fraco Maracaibo conquistaram empates por 2 a 2 em Potosí. E, para quem viu o jogo de ontem, não há como dissociar muito a derrota dos erros cometidos pela equipe, principalmente na defesa.
A pressão inicial dos donos da casa resultou em gol aos 23 minutos, quando Gatty cruzou para o zagueiro Rodríguez completar de cabeça. Depois do golpe, o Paraná viveu seu melhor momento e chegou ao empate logo em seguida, num contragolpe em que Beto lançou Gérson. O meia ainda deixou o marcador no chão e tocou na saída de Burtovoy.
Algumas outras jogadas em velocidade antes do intervalo até deram a impressão de que o time brasileiro poderia vencer e garantir a vaga. Porém na segunda etapa a pressão boliviana foi constante e o Paraná praticamente deixou de incomodar. Muito por causa do cansaço do trio ofensivo Gérson que saiu direto do gramado para o tubo de oxigênio , Dinélson e Henrique.
Não fossem as intervenções do goleiro Flávio, o placar seria mais elástico. Porém ele não conseguiu evitar os gols de Brandan aos 24 minutos, num belo chute de fora da área aproveitando a velocidade da bola cerca de 30% maior acima dos 4 mil metros, e o do brasileiro Edu Monteiro cinco minutos depois, que derrubaram o Tricolor e ressuscitaram o Potosí na altitude.
* * * * * *
Em PotosíReal Potosí 3 x 1 Paraná
Real PotosíBurtovoy; Eguino, Marco Paz e Rodríguez (Líder Paz); Gatty (Aguilera), Suarez, Calustro, Brandan, Peña e Colque; Edu Monteiro. Técnico: Maurício Soria.
ParanáFlávio; Daniel Marques, João Paulo e Toninho; Goiano (Vinícius Pacheco), Xaves, Beto, Gérson (Alex), Dinélson (Joélson) e Egídio; Henrique. Técnico: Zetti.
Estádio: Mario Mercado Vaca Guzmán. Árbitro: Ricardo Grance (PAR). Gols: Rodríguez (RP) aos 23 e Gerson (P) aos 29 do 1. tempo; Brandan (RP) aos 24 e Edu Monteiro (RP) aos 29 do 2. tempo. Amarelos: Xaves, Daniel Marques (P).
Trump barra novos projetos de energia eólica nos EUA e pode favorecer o Brasil
Brasileiro que venceu guerra no Congo se diz frustrado por soldados que morreram acreditando na ONU
Não há descanso para a censura imposta pelo STF
Tarcísio ganha influência em Brasília com Hugo Motta na presidência da Câmara
Deixe sua opinião