Antigo dono da camisa 6 do Paraná, Edinho "se vingou" com lindo gol e vitória do Brasiliense| Foto: Pedro Serápio / Gazeta do Povo

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O Paraná mostrou alguma vontade durante a primeira parte da etapa inicial e final de jogo
Mas o primeiro gol do Brasiliense tirou o ânimo da torcida nas arquibancadas
Edinho selou a vitória do Jacaré fora de casa...
... e o clima esquentou na Vila Capanema, com muitas ofensas aos jogadores do Paraná
Ao torcedor paranista ficou a tristeza de ver no presente um filme protagonizado nos últimos anos

Vergonha. Foi este o coro ouvido na Vila Capanema após mais um vexame do Paraná Clube, o quarto em oito rodadas nesta Série B do Brasileirão. Melhor para o Brasiliense, que mostrou objetividade e experiência para fazer 2 a 0, na noite deste sábado, somar mais três pontos e se manter na vice-liderança da competição. Já o Tricolor, que vive um calvário sem fim nos últimos dois anos, está na zona do rebaixamento, algo que vem se tornando comum.

Enquanto conseguiu, o torcedor paranista empurrou a equipe dentro de seus domínios. O que se viu dentro das quatro linhas dava a impressão que a noite fria em Curitiba seria aquecida com uma boa vitória, já que os donos da casa ficavam mais com a bola, tocavam e procuravam penetrar na defesa do Jacaré. Mas a consistência dos visitantes resultou em inoperância ofensiva e, pior, em gol do adversário, em um erro infantil.

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Na etapa final, o time até voltou com alguma vontade de reagir, chegou até a criar chances, mas tão logo o empate não veio a pressão vinda das arquibancadas aumentou e o Paraná ainda ficou com 10 jogadores em campo, com a expulsão de Marcelo Toscano. Como se não bastasse mais uma atuação ruim em casa, o Tricolor viu ainda um velho conhecido, o "dispensado" ala esquerdo Edinho fazer um golaço e decretar a crise no seu ex-clube.

A distância para o G-4 da Segundona segue aumentando e já está em seis pontos. A tarefa de reagir será longe de casa, contra a Portuguesa, na próxima sexta-feira, às 21h. Já o Brasiliense segue bem na tabela e recebe o Duque de Caxias-RJ na terça-feira que vem, às 21h.

Paraná se perde nos próprios erros e sai em desvantagem

Com uma equipe que, no papel, primava pela ofensividade, o Paraná começou a partida contra o Brasiliense pressionando, buscando o gol a todo o momento na base da criatividade e da velocidade. Apesar de parecer menos talentoso, o Jacaré procurou controlar o ímpeto tricolor nos primeiros 15 minutos, atuando nos rápidos contra-ataques e na precisão das bolas paradas.

Entre muito toque de bola, os paranistas pouco conseguiam criar em termos de chances claras de gol, ficando restritos aos arremates de longa distância e aos cruzamentos na área. Em duas boas chegadas, criadas pelo jovem Elvis, o Tricolor se perdeu nos próprios erros. Davi perdeu o domínio na cara do gol em uma delas, e logo foi marcado pela torcida. O meia e o atacante Malaquias foram logo marcados pela torcida, impaciente desde o princípio de partida.

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Quando conseguiu acalmar as ações dos donos da casa, o Brasiliense procurou criar as suas oportunidades, sempre levando perigo ao gol de Ney. A instabilidade que o técnico Zetti tentou corrigir com a substituição de Dirley por Aderaldo antes da bola rolar voltou a aparecer no primeiro tempo. Duas descidas com Chimba assustaram o torcedor tricolor, que parecia pressentir o pior.

Em um lance bobo, o zagueiro Freire tentou sair jogando, perdeu para Edinho e acabou tendo que fazer a falta. Além do cartão amarelo, o defensor viu o seu companheiro Aderaldo não conseguir parar Cláudio Luiz, que subiu mais alto e cabeceou, aproveitando cruzamento de Iranildo. Foi o que bastou para a torcida passar a cobrar abertamente e xingar sem pudor os seus "desafetos."

O resultado até ali deixava o Paraná às margens da zona do rebaixamento, em 16º. Calvário sem fim, na visão de quem estava nas arquibancadas da Vila Capanema.

O que está ruim pode sim piorar...

Com a mesma formação, o Paraná voltou para o segundo tempo combalido, mas não batido. Zetti tentou dar um novo ânimo aos seus comandados e, com um minuto de bola rolando, o Tricolor criou duas chances claras de gol, algo que o torcedor não viu nos 45 minutos iniciais. Entretanto, depois deste abafa inicial, o panorama do jogo retornou ao que se viu antes: os paranistas ficando mais com a bola, e o time do Distrito Federal valorizando a vitória na base da experiência.

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Se a situação já não era nada boa, piorou com a expulsão do lateral-direito Marcelo Toscano, aos 15 minutos. Em pouco mais de dez minutos o ala, bastante apagado no jogo, recebeu dois amarelos e acabou mandado para o chuveiro mais cedo. Apenas depois deste fato é que Zetti resolveu mexer no Tricolor, colocando Dinelson no lugar do vaiado e por vezes displicente Malaquias.

Esta mexida e a seguinte, com a entrada de Wellington Silva na vaga de Davi, pouco surtiram efeito. Nos contra-ataques e com um jogador a mais, o Brasiliense a todo o momento levava perigo, porém a equipe visitante pecava muito no momento de definição dos lances, para alívio dos tricolores. Era uma forma de manter viva a esperança por pelo menos um empate. Mas um velho conhecido pôs um ponto final nas chances do Tricolor.

Em uma nova saída de bola equivocada, Edinho recebeu cruzamento na área, deu um bonito chapéu em João Paulo e chutou com a direita, que não é a boa, e de primeira. Um golaço. Se as ofensas já eram muitas, as queixas que vieram depois variaram, se sobrou para todos: jogadores, diretoria e Zetti. Já o torcedor paranista se pergunta: "até quando?".