![Paraná perde técnico e cobra ética do rival Claudinei Oliveira mudou de endereço na mesma rua e e trocou a Vila pela Baixada | Giuliano Gomes/ Gazeta do Povo](https://media.gazetadopovo.com.br/2014/09/bf9fe546254aa805b27476b60ce3c1e1-gpLarge.jpg)
Mal-estar
Tricolor cancela jogo-treino com o Furacão
Visivelmente irritados com a contratação do treinador Claudinei Oliveira pelo rival Atlético, os dirigentes do Paraná cancelaram, horas depois do anúncio da transferência, um jogo-treino entre os dois clubes, inicialmente marcado para a tarde de hoje, no CT do Caju.
O objetivo da atividade era colocar em campo atletas que vinham sendo pouco aproveitados por ambos os times.
Assim, a equipe paranista realiza hoje, normalmente, trabalhos em dois períodos, comandados pelo auxiliar-técnico Luciano Gusso caso um novo comandante não seja anunciado até a data da partida com o Joinville, segunda-feira, fora de casa, Gusso comandará a equipe interinamente contra os catarinenses.
Para o duelo, aliás, o Tricolor contará com o retorno do zagueiro Alisson e do volante Lucas Otávio, que desfalcaram a equipe no empate com o Sampaio Corrêa, na última terça. Eles devem retornar nas vagas do zagueiro Anderson Rosa e do meia Henrique Santos, respectivamente.
A mudança de casa do treinador Claudinei Oliveira, que ontem trocou o Paraná pelo Atlético, deixou a diretoria paranista revoltada.
A negociação foi taxada pelos mandatários paranistas, em nota oficial publicada no site do clube, como antiética. O Furacão, por sua vez, limitou-se a apresentar o novo comandante, sem responder às críticas tricolores.
A cúpula não escondeu a surpresa com a saída de Oliveira, classificada como repentina. "Após a proposta de um time da capital, sem a ciência do Paraná Clube, Claudinei Oliveira não seguirá mais o projeto para a temporada 2014. O Paraná Clube é contrário à forma em que o fato que levou à saída de Claudinei Oliveira foi conduzido, indo na contramão do procedimento ético que sempre seguimos", cita parte do texto.
O novo comandante rubro-negro deixa o Tricolor após 22 partidas, com 42% de aproveitamento. Ele foi apresentado às vésperas da estreia na Série B, contra o Sampaio Corrêa, no dia 18 de abril. Após início turbulento, ele deixa o Paraná na 12.ª posição, com 26 pontos.
Na Vila, as funções de Oliveira extrapolaram o trabalho de campo teve de lidar com um turbilhão envolvendo críticas por falta de estrutura, elenco inchado e o constante atraso salarial.
Em suas últimas entrevistas, aliás, afirmou que "chega uma hora em que os problemas se acumulam e a gente desanima". Ele também deixou claro que uma proposta de um time da Série A seria praticamente irrecusável. As parcelas atrasadas serviram para bancar quase a totalidade da rescisão contratual do treinador.
Pega de surpresa, a diretoria paranista iniciou ainda ontem a busca por um substituto. Nomes como o de Ney da Matta, ex- Ipatinga, e Claudemir Sturion, vice-campeão estadual com o Maringá, foram oferecidos.
No entanto, a notícia nos bastidores é de que o interesse seria por um técnico com maior rodagem, como Adilson Batista, um dos sondados. Caso ninguém seja confirmado até segunda-feira, data da partida com o Joinville, o auxiliar-técnico Luciano Gusso comandará o time interinamente.
Em sua nova casa, o ex-técnico paranista terá a missão de encaixar o time do Atlético, atual 10.º colocado na Série A e dono da pior defesa da competição, com 25 gols sofridos.
Em 2014, o espanhol Miguel Ángel Portugal, o interino Leandro Ávila, duas vezes, e Doriva passaram pela Arena.
Para alcançar tal objetivo, o recém-contratado que faz a sua estreia no domingo, contra o Palmeiras, na Arena irá contar com um elenco recheado de jovens promessas, como os garotos Marcos Guilherme, Nathan e Douglas Coutinho. O forte trabalho com as categorias de base marcou as passagens do treinador em clubes anteriores, como Santos, Goiás fato que ocorreu também no Paraná, onde Oliveira lançou jovens como o zagueiro Alisson e o volante Marcos Serrato na equipe titular.
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