Tapetão
Paraná volta provisoriamente à elite estadual
O Paraná, provisoriamente, está livre do pesadelo da Divisão de Acesso estadual. Por 4 votos a 2, o Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR) decidiu ontem punir o Rio Branco com a perda de 22 pontos no Paranaense deste ano, pela escalação irregular do jogador Adriano. A decisão resulta na queda do clube e favorece o Tricolor, rebaixado em campo.
Mas a disputa no tapetão está longe do fim. Antes de o julgamento ser iniciado, o advogado do Rio Branco, Domingos Moro, pediu para ser o último a falar, após a procuradoria e o advogado paranista. O pedido foi negado e ele se retirou.
"A defesa não pode ser ensanduichada entre duas partes de acusação. Vou ao STJD [Superior Tribunal de Justiça Desportiva] alegando cerceamento de defesa", argumentou Moro. "O presidente do TJD [Peterson Morosko] tomou a atitude correta, pois a lei prevê que o terceiro interessado [Paraná] é o último a falar. Foi uma saída totalmente intempestiva e sem razão", rebateu o advogado do Tricolor, Itamar Côrtes.
O caso será encaminhado pela segunda vez ao STJD, no Rio, onde o Rio Branco deve pedir a anulação do julgamento de ontem. Caso o pedido seja acatado, o TJD terá de avaliar a questão pela quarta vez. Nos primeiros julgamentos, em abril e maio, a instância estadual havia livrado o Leão da Estradinha de perder os 22 pontos, mantendo-o na Primeira Divisão. Mas o Tricolor foi ao Rio pedir sua inclusão no processo como terceiro interessado e foi atendido em agosto.
Adriano Ribeiro e Cícero Bittencourt, especial para a Gazeta do Povo
A capacidade que o Paraná tem de se transformar impressiona. Desde que deixou de frequentar o G4, há pouco mais de um mês, houve uma revolução no time. Do revés em casa para o Sport por 2 a 1 (20/8) para o jogo de hoje, contra o Icasa, às 20h30, no Ceará, não restou nenhum titular.
Daquela formação que abriu o confronto com o time pernambucano, Zé Carlos, Lisa, Cris, Luciano Castán e Welington saíram por causa de contusões. Lima, Everton Garroni, Serginho e Ginacarlo por opção do novo técnico, Guilherme Macuglia, há duas semanas na Vila Capanema. Júnior Urso nem sequer está mais no clube. E Borebi perdeu espaço.
É justamente neste recomeço tardio, na terceira equipe da temporada, que o Tricolor se apega para seguir sonhando com o acesso ao fim da Série B.
Animado com o triunfo sobre o Náutico na rodada passada, Macuglia decidiu repetir a escalação hoje, algo inédito em seis meses de Segundona. "É uma forma de premiar os jogadores que foram bem na última partida", disse o treinador. Entre outras medidas, ele indicou à diretoria conhecidos do futebol gaúcho para fazer parte do grupo: Itaqui e Edson Rocha, ambos ex-Caxias, e Marinho, ex-Internacional.
Nono colocado, com 35 pontos, a oito do Sport, que fecha o G4, o Tricolor precisa necessariamente de uma vitória hoje no Nordeste para comprovar que a nova mudança valeu a pena.
O confronto ganha mais importância se for levado em consideração o jejum que acompanha o Paraná: há mais de dois meses, desde o 2 a 1 sobre o Criciúma (23/7), o time não vence como visitante foram dois empates e três derrotas. "Esse jogo é fundamental. Ainda almejamos o G4 e, se repetirmos o que fizemos no jogo passado, temos grandes chances de sair com a vitória", ressaltou Macuglia, usando novamente o duelo com o Náutico como referência.
O Tricolor quer também se aproveitar da crise do rival. Lutando contra o rebaixamento, o Icasa (16.º, com 29 pontos) quase ficou sem técnico. Márcio Bittencourt pediu demissão após o empate por 2 a 2 com o São Caetano, mas foi convencido a permanecer.
Ao vivo
Icasa x Paraná, às 20h30, no tempo real da Gazeta do Povo (www.gazetadopovo.com.br/esportes).
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