Paraná prevê redução de salários no Estadual

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A primeira decisão para a formação do elenco paranista de 2011 é a criação de dois pisos sa­­la­­riais. Em reunião da diretoria com a comissão técnica, com a pre­­sença do presidente Aquilino Romani, ficou decidido que o clu­­be terá um orçamento menor do que os atuais R$ 350 mil para a folha de pagamento na disputa do Estadual e da Copa do Brasil, no primeiro semestre. Na Série B do Brasileirão, a partir de maio, o teto subiria. Ainda não foram de­­finidos os valores.

O objetivo é reduzir gastos pa­­ra que os atrasos salariais – constantes neste ano – não se repitam. O técnico Roberto Ca­­va­­lo admite que a redução dos sa­­lários pode prejudicar as negociações com os atletas cuja per­­ma­­­nência no time interessam. Por outro lado, o treinador diz ter a palavra do presidente de que assim que o elenco for fe­­chado não haverá mais atrasos salariais.

"Alguns jogadores vamos perder, até porque eles já têm propostas. Mas não adianta medir forças com outros clubes, porque se o atleta ficar e não receber, vamos ter dois desgastes. Não adianta prometer e não pa­­gar", resigna-se Cavalo.

Mesmo com essa dificuldade, a intenção de Cavalo é manter a base do time. O treinador espera poder contar com entre 8 e 12 jogadores do atual elenco, entre eles o goleiro Juninho e os za­­guei­ros Alessandro Lopes, Iri­­neu e Luís Henrique.

Além disso, alguns atletas que não estão sendo utilizados serão dispensados ou em­­­prestados a outros clubes, bem como mais jogadores das categorias de base poderão subir.

"Quanto antes fecharmos o plantel, mais cedo podemos começar os trabalhos do Es­­tadual", avalia o treinador, que espera estar com o elenco fechado com 28 atletas (12 a menos do que o de atual) até 15 de dezembro.

Cavalo afirma que o clube só irá atrás de reforços depois de a diretoria resolver a situação do atual elenco. Mas no ataque o treinador admite que dificilmente encontrará uma solução dentro do próprio clube.

A intenção é buscar um ho­­mem de referência na área, uma das grandes dificuldades do Tricolor na temporada – tanto que o artilheiro do time neste ano é Anderson Aquino, emprestado pelo Atlético e que se contundiu na reta final do Brasileirão. Ele marcou apenas seis gols no torneio.

Dessa forma, a diretoria paranista já está em contato com três possíveis nomes pa­­ra ser o centroavante de 2011. Mas Cava­­lo já prevê dificuldades nas negociações. "Quem faz gol é mais caro. E todo mundo quer esse atleta", co­­menta, sobre a concorrência com outros clubes.