A série de cinco derrotas sofridas pelo Paraná (para São Paulo, Juventude, Botafogo, Grêmio e Atlético) não fez apenas o time despencar do segundo para o sétimo lugar no Brasileiro e se ver na missão quase impossível de vencer o Atlético por 3 a 0, na Arena, para seguir na Sul-Americana. A má fase serviu também para jogar fora todas as marcas positivas que o elenco da Vila Capanema havia conquistado durante o primeiro turno do Nacional.

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A disputa pela ponta da tabela era recheada com estatísticas históricas, como ter o melhor ataque da competição, a invencibilidade da equipe e do técnico Caio Júnior no Pinheirão, além do fato de nenhum jogador ter sido expulso durante 17 jogos consecutivos.

Durante a derrocada dos últimos 15 dias não houve número que resistisse a cinco rodadas só perdendo. O ataque do Tricolor, que só funcionou quatro vezes no período, agora é apenas o quinto do Brasileiro (34 gols). O estádio da Federação – do qual o Paraná se despede no domingo, contra o Fluminense – foi palco de duas derrotas paranistas depois de 20 partidas.

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O treinador Caio Júnior também viu seu histórico de não perder no Pinheirão por competições nacionais ser derrubado após 14 compromissos. Até mesmo a receita do treinador de começar e terminar com 11 em campo ficou pelo caminho. A quina de insucessos foi contemplada com quatro expulsões.

"É normal que com os resultados negativos as marcas caiam. Vamos procurar voltar a vencer para melhora-las novamente", discursa o capitão Beto, responsável por dois vermelhos nos últimos cinco jogos.

Em um momento tão ruim, o emocional do grupo também entrou na berlinda. Antes do duelo com o Atlético, o psicólogo Gilberto Gaertner deu uma palestra aos jogadores, que não escondem o abatimento pela queda de produção.

"A perda dessas marcas não influenciou em nada. Sabíamos que uma hora isso poderia acontecer. O que realmente atrapalhou foi perder o primeiro turno quando criamos a expectativa de vencê-lo (ante o São Paulo)", admite o ala-direito Angelo, se referindo à perda do título simbólico, que nem valia troféu, mas abalou a Vila.Cargo à disposição?

O técnico Caio Júnior negou que tenha colocado o cargo à disposição depois da derrota para o Atlético. "Futebol é pressão e resultado. Eu apenas disse que o presidente (José Carlos de Miranda) estava à vontade para fazer o que quisesse por causa dos resultados. Mas ele disse que nem queria ouvir isso e que confiava no meu trabalho", explica o técnico.

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