Paraná refaz contas para evitar vexame

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Se no começo da Segundona, em maio, o Paraná entrava na competição como um dos favoritos para retornar à Primeira Di-visão, hoje faz e refaz as contas para não cair para a Série C. Atualmente com 40 pontos conquistados em 34 rodadas, o Tricolor ocupa a 13.ª posição na tabela, quatro pontos acima da zona do rebaixamento.

Para se garantir na Série B em 2009, o Tricolor precisa completar 46 pontos, como informa o matemático responsável pelo site Infobola, Tristão Garcia. O que quer dizer que, para chegar a este número salvador, precisa de pelo menos uma vitória e três empates nas últimas quatro partidas.

Pela frente, o time da Vila Capanema enfrenta o Gama, na próxima terça-feira, no Distrito Federal, seguidos de dois confrontos em casa – contra Ponte Preta e o lanterna CRB – e encerra sua participação na competição no interior Paulista, contra o Santo André.

"Contra o Gama, fora de casa, um ponto está de bom tamanho", diz o atacante Rodrigo Pimpão. "Contra a Ponte Preta e o CRB, em casa, são seis pontos que não podemos deixar de ganhar. O Paulo Comelli já vem falando para não precisarmos buscar pontos na última rodada, contra o Santo André", prossegue o jogador.

Mas antes dos confrontos, o plantel paranista acompanha atento aos resultados do restante da 34.ª rodada para não ver sua distância da ZR diminuir de quatro pontos para um. "Vamos secar o Criciúma e o Fortaleza (que enfrentam o líder Corinthians e o Santo André, respectivamente) para continuar com esses quatro pontos", diz Pimpão.

Outra tarefa do Tricolor é encontrar os motivos do fraco desempenho da equipe no 2.° tempo na derrota por 3 a 2 para o São Caetano. Ontem, no treino regenerativo, os jogadores não escondiam o abatimento pelo resultado, que prolonga o sofrimento do torcedor para o final da competição. "Se antes a gente sentia um pouco de medo da Terceira Divisão, agora sente mais. Eu não conseguia dormir, pensando nessa vitória que a gente poderia ter alcançado", afirmou o lateral-direito Murilo.

Hoje, o diretor de futebol Paulo Welter reúne-se com os jogadores para os motivos do apagão paranista na derrota para o Azulão. "A diretoria tem feito o possível, bancado a concentração prolongada, permitido que o time viaje um dia antes. Salários e pagamentos de bicho estão rigorosamente em dia. Eu tinha a convicção que contra o São Caetano, ia acabar esse sacrifício (já que uma vitória colocaria o Paraná a sete pontos da ZR)", disse o dirigente que, em seguida amenizou. "Acendeu uma luz vermelha no clube, mas ainda está tudo sob controle."