"O Paraná voltou." A declaração do zagueiro Brinner, logo após o triunfo de ontem por 2 a 0 sobre o Náutico, na Vila Capanema, resume com precisão o espírito com que o Tricolor entrou em campo. Com uma atuação bem diferente do que os torcedores vinham assistindo nos últimos jogos, o time não deu chances para o adversário, quebrando um jejum de quatro partidas sem vitória.
Méritos, em parte, do técnico Guilherme Macuglia, que mexeu na formação da equipe, que ganhou em mobilidade e consistência. Valorização que deve ser compartilhada com Henrique e Douglas Packer, que acertaram o meio de campo.
O único senão fica por conta dos poucos torcedores que acompanharam a retomada paranista dentro desta Série B. Apenas 1.672 fãs pagaram ingresso, o menor público na Vila no Brasileiro.
Dentro de campo, o primeiro gol saiu dos pés de Itaqui, que estreou ontem com a camisa do Paraná. Ele abriu o placar logo aos 6 minutos de jogo, contando com uma falha incrível do goleiro Gideão. O volante, que chegou por indicação de Macuglia, não escondeu a felicidade e a emoção com o debute de gala. "O grupo me recebeu muito bem e fazer o gol na estreia, diante da torcida, é maravilhoso."
Dinélson fechou o placar. O meia, que era aposta do técnico para recuperar o caminho das vitórias, ajudou a amenizar a carência de gols do Tricolor, um dos piores ataques do Nacional foi a primeira vez que ele balançou a rede neste retorno ao clube. "O time está de parabéns pela garra e vontade com que entrou em campo. Fui coroado com um gol e não poderia estar mais feliz", disse.
O Paraná agora volta provisoriamente a figurar na parte superior da tabela. Até o encerramento da rodada, neste sábado à tarde, a equipe ocupa o 9.º lugar, com 35 pontos, a seis pontos do G4, mantendo as esperanças de acesso.
Já a distância para a zona de rebaixamento aumentou para 8 pontos. "Conseguimos retomar a confiança da torcida e do grupo. Continuamos pensando jogo a jogo, mas o importante foi a maneira com que a equipe se comportou no jogo", elogiou Macuglia.
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