Não é segredo para ninguém que as contratações de jogadores no interior de São Paulo são a prioridade do Paraná para formar seus times. Mesmo assim, o trabalho nas categorias de base permite manter a tradição de ter nomes revelados em casa na conquista de títulos. Caso nenhuma surpresa ocorra amanhã, contra a Adap, no Pinheirão, oito pratas da casa estarão no posto mais alto do pódio.
Entre os formados na Vila Capanema, apenas o ala-direito Goiano é titular absoluto da equipe. Mas o zagueiro João Paulo (vai jogar a final em susbstituição ao machucado Neguette) foi muito utilizado como primeiro reserva da defesa. O volante Elton e o atacante Jeffe chegaram a iniciar algumas partidas, além do lateral-esquerdo Eltinho e do avante Vandinho que também participaram os defensores Da Silva e João Vítor estão no grupo, mas não atuaram.
O fato de haver atletas oriundos do clube no provável título remete o torcedor aos anos 90. Na década dourada do Tricolor, em todos os seis Paranaenses vencidos pelos paranistas sempre haviam revelações. Apesar de os jogadores atuais não pintarem como grandes craques, é inevitável a comparação com nomes que não saem da memória da galera: Gralak, Ednélson, Paulo Miranda, Ricardinho, Reginaldo Vital...
"Me sinto muito orgulhoso de ser formado no clube e poder conquistar este título. É o local onde abriram as portas para mim e espero poder representar bem os partas da casa. Será importante para dar chances a outros jogadores que precisam ser valorizados", declarou Goiano.
Com sede na Vila Olímpica do Boqueirão, o departamento amador do Paraná é coordenado desde a fundação do clube (em dezembro de 1989) por Ari Marques. O ex-lateral-direito do Colorado não esconde sua satisfação com os resultados.
"Estamos colhendo frutos de um trabalho intenso. Observamos jogos por todos os lados, fazemos avaliações, é uma grande garimpagem que rende muitos frutos", disse.
Segundo Marques, nem mesmo a saída da LA Sports do setor amador do Tricolor (a empresa bancava a estrutura das categorias menores em troca de porcentagens dos jogadores revelados) prejudicou o trabalho. "O clube fez esse acordo porque não tinha condições de tocar a base. Mas agora tem. Enquanto a LA esteve conosco ajudou, mesmo assim a estrutura está mantida", confirmou.
O técnico Luiz Carlos Bar-bieri reconhece a qualidade de seus pratas da casa. Mas adverte que o futuro na carreira ainda depende de muita luta. "Eles têm qualidade. Sempre falo para eles terem os pés-no-chão, que só depende de cada um pa-ra progredir, jogar na Europa e dar segmento na carreira", advertiu.
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