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Tricolores

Problema – Nas bastasse a ausência de quatro titulares suspensos por cartão (Flávio, Nem, Neguette e Muçamba), o técnico Lori Sandri ganhou ontem mais uma preocupação. O zagueiro Luís Henrique voltou a sentir uma tendinite no joelho esquerdo. Ele é a única dúvida para a partida de amanhã, contra o Fluminense.

Crônico – O problema acompanha o jogador há tempos (desde a época em que atuava no Botafogo) e já o tirou de várias rodadas do Brasileiro. No coletivo da tarde de ontem, na Vila Capanema, Toninho o substituiu.

Time – O Paraná deve jogar com Gabriel; João Paulo, Daniel Marques e Luís Henrique ; Vandinho, Beto, Adriano, Batista e Adriano Bahia; Josiel e Jefferson.

Promoção – Ainda dá tempo de trocar pacotes de sopa da Nestlé por ingressos (limitados a quatro) para o jogo de domingo. Até ontem, 7.500 ingressos já haviam sido trocados, restando ainda 3 mil para esgotar a carga total da campanha "Torcer pelo seu time faz bem." Os postos de troca podem ser consultados no site do Tricolor (www.paranaclube.com.br).

Respirando com a ajuda de aparelhos, o Paraná tem exemplos da sua história recente que podem servir de inspiração para tirá-lo da UTI e livrá-lo da zona de rebaixamento do Brasileiro. Em 2002 e 2004, o time da Vila Capanema esteve praticamente desenganado. Com gana e união, se recuperou a tempo de evitar sua "morte" na Primeira Divisão.

Destino idêntico espera a torcida paranista para o combalido elenco Tricolor na reta final do campeonato deste ano. O jogo de amanhã, às 18h10, contra o Fluminense, na Vila Capanema, será a primeira das cinco partidas em casa que podem salvar o clube da queda à Série B.

No Brasileiro de 2002, com a saída do técnico Otacílio Gonçalves faltando apenas dez rodadas para o fim da competição, Caio Júnior assumiu o comando de um time que precisava vencer todas as cinco partidas em casa que ainda lhe restavam e, se possível, trazer pontos como visitante. Situação idêntica à atual. Pouca gente confiava na reabilitação do time.

Segundo Ocimar Bolicenho, superintendente de futebol do Paraná na época, estava difícil encontrar um técnico com coragem para topar o alto risco de ter de incluir no currículo o rebaixamento de uma equipe. "Convidamos alguns treinadores, como Abel Braga e Lula Pereira, que não quiseram encarar", lembra. A solução foi apostar em quem estava por perto e não temia a empreitada. Caio Júnior, hoje no Palmeiras e então auxiliar de Otacílio, foi promovido. Deu certo.

No Pinheirão, sob o comando de Caio, o Paraná venceu quatro partidas e empatou uma. Fora de Curitiba, perdeu quatro e empatou a última, contra o Figueirense. Escapou por muito pouco. Terminou na 22.ª colocação, com 28 pontos, um a mais que Portuguesa e Palmeiras e três acima de Gama e Botafogo, os quatro rebaixados para a Segunda Divisão de 2003.

Para o jovem treinador, o brio dos jogadores, sobretudo daqueles formados na Vila, foi fundamental para a escapatória. "Tínhamos até problemas de salário atrasado, mas mesmo assim os jogadores se dedicaram muito. Principalmente os de origem no clube", ressalta Caio, que ainda tem nítido na memória o espírito do grupo nas últimas partidas. "Eram como finais de Copa do Mundo." De acordo com Bolicenho, o trabalho psicológico ajudou muito. "Chegamos a usar vários filmes motivacionais", recorda o ex-dirigente.

Dois anos depois, um novo sofrimento foi superado. Em 2004, o Tricolor passou boa parte do Brasileiro na zona de rebaixamento. Somente no returno, o time esteve em 17 das 23 rodadas entre os quatro últimos. Mas a superação também veio no final. Dos nove jogos derradeiros, o Paraná venceu cinco e terminou na 15.ª colocação, com 54 pontos, quatro a mais que o Criciúma, o rebaixado com melhor pontuação.

Para o volante Beto, que estava naquele time, a mobilização dos jogadores foi fator preponderante para a virada. "foi complicado, mas conseguimos escapara graças à união de todos. Em momentos como esses que temos de estar próximos. Isso vale para agora também", receita o capitão paranista.

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