As frases de automotivação como "enquanto há possibilidade matemática, temos de ter esperança" ou "ainda há uma luz no fim do túnel" continuam sendo prioridade no discurso paranista. Mas é visível que a cada derrota a de sábado para o Palmeiras foi a quarta consecutiva um certo conformismo com o provável rebaixamento vai aparecendo.
O técnico Saulo de Freitas e o presidente em exercício Aurival Correia, por exemplo, fazem o papel de demonstrar confiança, mas já não evitam comentar sobre a possibilidade de jogar a Série B.
"Claro que temos esperança, até porque o time evoluiu. Mas se cair amanhã ou depois é algo normal no futebol. Clubes como Grêmio, Atlético-MG e o próprio Palmeiras já passaram por essa situação", disse Saulo.
"O Paraná não está rebaixado. Todos vimos que a equipe melhorou depois da chegada do Saulo. Vamos lutar", afirmou Aurival num primeiro momento. Já ao comentar sobre a sucessão presidencial, à qual por enquanto é candidato único, ele não ignorou a grande possibilidade de queda. "Temos força para o que der e vier, inclusive se o time for para a Segunda Divisão."
Um dos líderes do elenco, o zagueiro Daniel Marques entende que o principal desafio é não se entregar. "Se eu disser que não há solução é porque jogamos a toalha. E aí não precisa nem mais entrar em campo. Nós jogadores temos de continuar acreditando sempre, senão a vaca vai para o brejo de vez", discursou, sabendo que o time precisa ganhar cinco dos seis jogos restantes, ou no mínimo vencer quatro e empatar dois.
Já o goleiro Gabriel acredita que ainda dá para salvar o clube e a honra pessoal: "Estamos cientes de que a campanha é catastrófica, mas ainda dá tempo de mostrar para a torcida e os diretores que nosso time não é para Série B. Ficaria uma mancha na carreira de todos aqui."
O próximo jogo é contra o Internacional, domingo, na Vila Capanema, mas parece que o tal conformismo já tomou conta da torcida. "Sempre temos aquela esperança, mas sabemos que, pelo que o time está jogando, é quase impossível", comentou o engenheiro Marcos Vinícius Gontijo ao ver os jogadores desembarcando de cara amarrada ontem no aeroporto.
Paranista solitário no Afonso Pena, ele iria viajar a trabalho e não fez nada além de lamentar a situação delicada do time do coração. No mais, tudo calmo. Nada de grupo de torcedores protestando como poderia se esperar. Assim como foram tranqüilos o caminho de ônibus até a Vila Capanema e a saída dos jogadores em seus carros.
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